A divisão do Pará
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Re-Pa: Os dois, que já viveram dias melhores, podem se dar bem com a divisão do estado. Foto:soupapao.com.br |
Clássicos na última rodada. Você gostou ou não?
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Morumbi e Engenhão: Seus donos foram obrigados a jogarem longe de seus estádios os clássicos da última rodada. Fotos:Divulgação/Google |
O calendário da FIVB
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Sheilla em ação no Grand Prix 2011: Torneio longo na Ásia é um dos pontos da discórida. Foto: FIVB |
Qual é o problema?
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Itália bicampeã da Copa do Mundo. (Divulgação FIVB) |
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Jogadoras cabisbaixas: Nem de longe lembrou o time sorridente de outros torneios. (Divulgação FIVB) |
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Desta vez, Zé Roberto não conseguiu fazer o time jogar em alto nível (Divulgação FIVB) |
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Sassá: de descartada no Pan à uma das soluções principais jogadoras do time na Copa do Mundo. (Divulgação FIVB) |
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Thaísa emocionada após vitória sobre a Sérvia por 3 a 2: uma das que jogaram bem.(Divulgação FIVB) |
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E agora Zé? Técnico vai ter que se explicar ao presidente da CBV na volta ao Brasil.(Divulgação FIVB) |
As fórmulas das discórdias
Romário faz a alegria do povo Brasileiro
Post Urgente: A queda do ministro dos esportes
As várias faces de um Brasil sede da próxima Copa do Mundo
Quarta Feira, 8 de junho de 2011. Estádio Couto Pereira em Curitiba. Uma grande festa dos torcedores na final da Copa do Brasil. Só que na hora da premiação...
Esse é o nosso país. Quando recebemos visitas fazemos de tudo para agradar. Podemos até não ter nada mas damos do bom e do melhor para eles. Tudo para impressionar. Agora quando recebemos alguém mais familiar, conhecido de longa data, deixamos do jeito que está, até porque ele já está acostumado. Funciona assim na vida pessoal e no futebol também.
Vejam os dois exemplos. No dia da festa de Ronaldo, era evidente que estariam lá jornalistas do mundi inteiro. Mas o Pacaembú não tem condição de abrigar em suas tribunas a quantidade de jornalistas que lá estariam. Não tem problema, fizeram um puxadinho nas cadeiras do lado oposto e criaram 2000 lugares temporários. Na hora da entrevista, todo o protocolo da FIFA foi estabelecido. Zona mista, coletiva apenas com o técnico e entrevistas em campo apenas em uma área reservada e com um jogador pré determinado. Para nós jornalistas é chato tudo isso? É, mas é um protocolo internacional que precisa ser seguido e que precisamos aprender a conviver pois a Copa vem aí.
Porém o pior vem no fim do jogo. O árbitro encerra o jogo e os jogadores do Vasco correm na direção de sua torcida para comemorar, enquanto preparam o pódio. Na torcida acontece de tudo. Jogador entra na arquibancada, torcedor pula no campo e até repórter entra na onda e sobe junto, colocando sua integridade em risco, só para entrevistar os jogadores.
Pódio pronto e cadê os jogadores para receberem a medalha? Nem dá para ver, tem tanta gente estranha lá que você nem sabe quem é quem. Os dirigentes vão entregando as medalhas. Jogadores, comissão técnica, diretores, torcedores, gandulas, jornalistas... quem passar na frente recebe a medalha. Até Roberto Dinamite entrou na onda e seguindo os passos de seu antecessor Eurico Miranda, mandou o segurança do estádio abrir o portão e deixar entrar umas 20 pessoas conhecidas dele no campo. De repende, eis que surge no meio do monte a taça. Nem deu para ver quem recebeu, como levantou... E olha que tava na TV. Imagina quem pagou uns 60 reais e não viu o momento máximo do campeonato. E o patrocinador da Copa do Brasil era quem? Não deu para ver com toda aquela multidão no pódio.
Na Itália, eu sei que o Eto'o ganhou o prêmio de melhor jogador da final. Já ontem o Alecsandro recebeu um prêmio que até agora ninguém sabe o que é.
Já tá na hora do Brasil parar ser elegante apenas com os visitantes e dar valor para quem está próximo. Essas cenas bizarras da Copa do Brasil com certeza foram vistas em vários países (Portugal e Itália com certeza).
Coitadinhos da Vila
E tem cabra que rala o dia inteiro carregando peso e chega a noite e ainda passa mais duas horas todo o dia no futebol society e não fala nada. Pega um avião sossegado, de boa. Chega nos lugares limpinho, arrumadinho e ainda reclama.
Nós que ralamos 8 horas, e ainda ficamos mais 2 horas em ônibus e trens lotados, esmagados, suados, sujos e humilhados e não falamos nada.
Eles tem um staff que fazem tudo por eles. Arrumam o uniforme, preparam a comida, fazem os serviços do dia-a-dia (banco, supermercado...) e ainda tem coragem de reclamar. Nós trabalhamos e ainda chegamos em casa temos que cuidar dos filhos, lavar roupa, arrumar a casa, fazer comida, estudar... e não reclamamos.
foto:futura
Por isso acho que o Santos usa um recurso que não deveria para mudar o foco. E os troxas dos jornalistas aceitam isso de boa. É claro que algumas situações são cansativas mesmos, mas veja o exemplo. Enquanto a repórter da Globo Joanna de Assis foi para a Colombia no sábado e hoje já e sexta (o jogo foi quarta) e ela ainda não conseguiu nem chegar à Bogotá para embarcar para cá, o Santos já está de volta. Chegou tranquilo, terá folga até sábado e ela? Ela vai chegar aqui sábado e se bobear domingo já vai lá pra Vila cobrir a final. E ainda eles tem a cara de pau de reclamar que estão desgastados, que a maratona de jogos é grande e coisas do tipo.
Desta forma eles vão ter que mudar o apelido de Meninos da Vila para Velhacos da Vila, Ranzinzas da Vila... Torço para eles sairem fora logo da Libertadores, assim eles vão ter tempo para descansar e não vão precisar fazer uma viagem desgastante para o Japão em Dezembro jogar o Mundial. Deixa ir para lá que está mais disposto, né.
Estádio no Brasil
Mais um assunto que gostaria de falar. Ontem saiu as sedes da Copa das Confederações: Rio, Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre e Brasília. Só se fala na ausência de São Paulo. Eu não vejo nada demais pois em 2009, Durban, Cidade do Cabo, Nelson Mandela Bay e o Soccer City não fizeram parte da Copa das Confederações. E em 2005, Munique, Dortmund, Gelsenkirchen, Stuttgart e Berlin também ficaram fora. Ou seja, não faz muita diferença. Vai incomodar sim se São Paulo ficar fora da Copa, pois seria uma incapacidade tremenda uma cidade com 3 times de massa e nenhum estádio em condições de receber jogos.
Vocês sabem que eu sou contra essa idéia da FIFA de construir estádios adoidados para a Copa em lugares que não tem público para o futebol. Também sou contra essa de "tem uns 500 pontos cegos, então não serve". Tem gente que vai no estádio, fica no lugar com a melhor visão do jogo e ainda assim não assiste pois fica cantando, abrindo bandeirão e essas coisas. Na última Copa, o Ellis Park e o Royal Bafokeng (estádios antigos) tinham pontos cegos e teve jogo lá. Apenas isolaram aqueles lugares, mas não precisou demolir o estádio inteiro.
Para mim (e para quem investiga isso a fundo também) tudo isso é questão de influência. Um ajuda o outro e todos levam algo por isso. Morumbi serviria muito bem para a Copa apenas fazendo aquelas reformas do primeiro projeto. Não precisava demolir o Maracanã e o Mineirão inteiro. Não precisava construir estádios novos em Salvador e Recife, pois lá já tem estádios que com uma reforma serviriam. Ao invés de construir superarenas em Cuiabá, Manaus, Brasília e Natal, poderiam dar vez a cidades com mais público futebolístico como Florianópolis, Goiânia e Campinas. E por fim, porque não ter 2 estádios em algumas cidades (São Paulo, Porto Alegre, Curitiba e Rio de Janeiro).
Enfim, são coisas que não dá para entender. E sempre quando sai casos de corrupção na FIFA, tentam abafar. Por que será?
Para encerrar, algo mais específico. O estádio do Palmeiras. Vejo como certa a opção do Palmeiras em pedir um valor maior de garantia. E acho que se o pessoal da construtora, que como disseram "cumpre e entrega todas as suas obras", não teme nada, não vejo porblemas em eles aumentarem a garantia, já que a obra vai sair e isso nem seria usado. Sabemos que a região onde fica o Palestra Itália é muito valorizada em São Paulo e quem não queria construir um prédio comercial ou indústrial naquele ponto? Por isso o Palmeiras faz bem em exigir isso.
Com o Grêmio, acontece a mesma coisa: mesma construtora e estádio localizado em região valorizada. Mas o Grêmio aceitou que seu novo estádio fosse construído em outro lugar. E pelo acordo, eles constroem o estádio novo e depois de pronto é que o Grêmio, passa a construtora o estádio e o terreno do Olímpico para eles fazerem o que quiserem. Então se a obra não sair o Grêmio tem o seu estádio lá. Agora, se o estádio do Palmeiras não sair, não tem nada pois já demoliram tudo.
Uma partida para mudar certos conceitos.
O primeiro deles trata-se do senhor José Mourinho. Ele realmente é o melhor técnico do mundo? Para mim um técnico que tem os jogadores que tem no Real e mesmo assim tem medo de bater de frente com um adversário não pode ser o melhor do mundo. E por mais que insistam com a tese, o Real Madrid não mostra respeito pelo Barça. Somente medo.
Quem é o melhor? O português ou o espanhol?
Messi faz a diferença. Grande novidade...
Ainda tem muita coisa para falar, como por exemplo, questionar se o Pepe é um zagueiro de alto nível, porque nenhum atacante-artilheiro se firmou no Barcelona e etc., mas fica para um outro papo, talvez semana que vem, pois tenho certeza que o duelo já era e que dia 28 de maio veremos Manchester United e Barcelona em Londres na grande final.
O jogo em fotos
Um único assunto: Torcer
***
Eu tenho apenas 24 anos e cresci assistindo o "esporte bussiness", que transformou a disputa esportiva num espetáculo milionário, onde o dinheiro manda e, clubes e atletas, fazem de tudo para chegar a glória, até mesmo jogar sujo.
Eu tenho apenas 24 anos e cresci assistindo também as histórias protagonizadas por gênios do esporte como Michael Jordan, Ayrton Senna, Pelé, Mohammed Ali, Abebe Bekila, Jesse Owens, Mark Spitz e Nadia Comaneci, no tempo em que o esporte era clássico, lindo e honesto.
Eu tenho apenas 24 anos e hoje chorei mais uma vez com o esporte. Chorei ao assistir na televisão uma matéria sobre o duelo entre Monica Selles e Martina Navratilova. Martina (vencedora de 18 Torneios Grand Slams, ganhando em todos os 4) já estava em fim de carreira, jogando apenas em duplas e resolveu voltar a jogar simples. Monica (venceu 9 Grand Slams em três dos quatro), havia sofrido um atentado em plena quadra dois anos antes e estava retornando ao circuito.
Me emocionei ao ver essa cena:
Incrivel ver o carinho do público com essas duas tenistas. Foi de tocar o coração. E é disso que sinto falta hoje. Desse carinho do público com os atletas. Do carinho dos atletas com o público. De um esporte mais verdadeiro.
Para encerrar, deixo com vocês as voltas finais do GP de Mônaco de 1992. Disputa acirrada de Senna e Mansell e perceba nos minutos 5:18, 6:41, 8:09 e 9:34 a alegria dos torcedores ao lado da pista ao presenciar um dos maiores momentos do automobilismo mundial. Eu me arrepio não só com a corrida, mas ao ver essa demonstração espontânea do torcedor.
E torcer é isso. É ser verdadeiro e se identificar com seu atleta e seu time por isso. Torcer não combina com você ir ao jogo para xingar o atleta de bicha, como fez a torcida organizada do Cruzeiro. Torcer não combina com você ir ao estádio para brigar e matar.
Torcer é um sentimento tão bonito que não podemos deixar que poucos manchem essa emoção.

Especialização: ajuda ou atrapalha?
As vagas são para diversas áreas desde para jornalistas até assessoria de imprensa. Os setores variam também desde comunicação coorporativa até cultura.
Até hoje só uma empresa me chamou para entrevista e nessa entrevista a grande pergunta foi o que esse meu lado esportivo poderia ajudar em uma outra editoria ou área.
Não sei se é impressão minha, mas acho que a minha preferência pelo esporte atrapalha a minha alocação no mercado de trabalho. Eu indico meu blog porque é o único lugar que tem textos meus que podem ser de análise para os selecionadores. O curso de locução esportiva aparece no meu currículo porque é um dos cursos de aperfeiçoação que fiz.
É claro que desejo integrar uma editoria de esportes, mas eu posso fazer parte e aprender nas demais editorias e áreas.
Para assessoria de imprensa, por exemplo, saber um pouco de futebol é muito importante, principalmente no que diz gerenciar uma crise ou organizar um evento, coisas corriqueiras do esporte.
Sabe pessoal, eu fico muito triste com isso. Enquanto estou aqui esquentando a bunda na cadeira, poderia estar sendo útil, ajudando as pessoas, aprendendo, ou seja, estar trabalhando.
Ao mesmo tempo que fico feliz por ver meus colegas na área, fico com inveja pois queria estar ali também.
O que será que tá faltando para mim? Será que é porquê eu não tenho bons contatos e QI? Será que é porque eu gosto de esportes e muita gente acha que jornalismo esportivo é para jornalista vagabundo e desleixado? Ou será que é (não gostaria de usar essa palavra) preconceito por eu morar numa cidade considerada subúrbio, ter me formado numa faculdade popular e por gostar de esportes?
A (Im)parcialidade na TV.
Essa situação é irritante e ruim para o espectador. Eu sei que as TVs estão atrás da audiência, mas a suas audiências não é compostas únicamente por torcedores do Corinthians ou de pessoas que só gostam de futebol. Para mim, quanto mais diversificado for um programa esportivo é melhor. Infelizmente, as emissoras que fazem isso em seus noticiários, infelizmente não tem as imagens para por no ar porque outros não liberam.
Outra (Im)parcialidade que chama atenção acontece nas transmissões ao vivo, principalmente de esportes que têm o tempo técnico. Eu assisto muito vôlei e reparo que as transmissões dão mais destaque para os tempos técnicos de uns e de outros não. Alguns técnicos quando pedem para tirar o microfone, o narrador fala que respeita o pedido do téncnico. Quando é outro que pede, falam que foi mal educado e deselegante. Acabo de assistir Praia Clube x Osasco. Vi o 2° e 3° sets e em todos os tempos técnicos mostraram o Praia Clube ou quando dividiram, pegaram o Osasco já voltando para quadra. (PS: O patrocinador do Osasco é quem "oferece" o evento num dos canais que o transmite).
Aí, minha cabeça mirabolante associa: têm alguns técnicos que usam um rádio comunicador para conversar com alguém da comissão técnica. O que será que eles conversam? Será que eles assistem a transmissão e passam as informações para o técnico, inclusive o que o técnico adversário falou no tempo técnico? Posso estar viajando, mas acredito que possa ocorrer, até porque sempre tem gente que solicita para retirarem o microfone.

Já Luizomar de Moura (abaixo à esquerda) e Paulo Coco (abaixo à direita) não ligam para os microfones, mas por motivos que não sabemos, as transmissões acompanham menos as instruções de Luizomar e mais as do técnico do Pinheiros/Mackenzie.
Agora é dura a situação do cara que tá ali assistindo aquele programa na hora do almoço, numa das únicas oportunidades diárias que ele tem para ver um noticiário esportivo e ficar "por dentro" do assusnto e no programa só falam do Adriano.
A desvalorização do esporte brasileiro
Eu já citei os exemplos que ocorrem no vôlei e no futebol, mas agora cito um exemplo do basquete e que serve para outros esportes também. Falo do esporte universitário.
Hoje a tarde, zapeando os canais vi o Bandsports transmitindo uma partida de NCAA (o basquete universitário dos EUA). E aí vai a reflexão: Porque ao invés de mostar os esportes universitários dos outros, não mostramos o nosso? Ah, é a vergonha pois além de um ensino deficitário, as Universidades brasileiras não incentivam a prática de esportes por seus acadêmicos. E quando participam é sendo patrocinadores de times.
Então já que não temos esporte universitário, poderiamos mostrar o profissional mesmo, só que aqui do Brasil. Mas nada de atletismo, natação, handebol, boxe olímpico, levantamento de peso, vela etc... O esporte brasileiro sempre fica a margem do estrangeiro.
Claro que entra em conta o fato de quase todas as modalidades do esporte brasileiro estarem nas mãos das Organizações Globo. Sim. Mas o próprio canal a cabo de esportes da emisora não valoriza o esporte nacional. Mostra na maioria de sua programação futebol, deixando para lá outras modalidades e maioria desses jogos, às vezes, nem tem times brasileiros ou interessa aos brasileiros. São poucos os programas sobre as modalidades olímpicas (quase zero) e quando os eventos são transmitidos, a divulgação é mínima. Vejam o estardalhaço que estão fazendo com esse torneio do Futebol de Areia. Milhares de chamadas já entraram na programação. Agora se é para anunciar um jogo de basquete, como aconteceu com o jogo das estrelas da NBB, ou de vôlei, como acontece sempre, os anúncios são zero.
E isso gera essa bola de neve. O canal que tem os eventos do Brasil faz pouco caso deles. Os outros canais, sem alternativas, mostram e valorizam o esporte dos gringos. E quem se ferra nisso tudo? Isso mesmo, o esporte brasileiro.
Depois todos, ainda tem a cara de pau de cobrar porque fomos mau em uma competição de ginástica, porque o boxe brasileiro não ganha medalhas em olímpiadas há maius de 50 anos e etc.
O Brasil precisa mudar urgentemente sua mentalidade esportiva e começar desde baixo, pois é na escola que nasce a paixão pelo esporte que vai até o dia de nossas mortes.
Futebol é com a RedeTV!
Mas isso não é o final. A RedeTV! já deixou claro que só segue em frente se puder transmitir os jogos de todos os times.
Agora vamos a outro ponto. Hoje estava assistindo a entrevista do Presidente do Botafogo Maurício Assumpção ao programa bate-bola da ESPN Brasil. Entre outras coisas ele falou de como ocorreu o processo de licitação, do qual ele fez parte da comissão do C13, e porque alguns clubes saíram.
Pelo que ele contou, as emissoras fizeram uma apresentação a comissão e segundo ele, algumas demontraram falta de "espertise" para fazer a transmissão do futebol. E do jeito que a licitação caminhou, ele corria o risco de vender os direitos para essa emissora que não tem "espertise" e acabar assim, ao invés de ter lucro, tomando prejuízo. E por isso ele orientou aos clubes cariocas que ele representava a sair disso.
Outras questões?
Agora, depois dessa entrevista que vi e dos acontecimentos desses últimos meses, tenho algumas perguntas que gostariam que fossem respondidas.
1- Quem organiza o Campeonato Brasileiro é a CBF. Ou seja, ela é a dona do evento, assim como a FIFA é da Copa do Mundo e o COI das Olímpiadas. Porque então são os clubes que negociam os direitos de algo que nem são eles que organizam?
Ah, mas na Europa são os clubes que fazem isso. Mas lá quem organiza os campeonatos são eles mesmos. Já pensou as seleções negociando os diretios de TV da Copa? Não existe isso de negociar o que não é seu. E a CBF pode quando der na telha fazer o que fez ano passado com a FBA e desautorizar o C13 a negociar esses direitos.
2-Se estão negociando os direitos do Campeonato da Primeira Divisão, porque alguns clubes que estão na segunda divisão, só porque fazem parte do Clube dos 13, recebem dinheiro desse contrato?
Isso é o cúmulo. Dos 20 times do C13, cinco estão na segunda (Guarani, Portuguesa, Goiás, Sport e Vitória). E se não me engano, levam mais dinheiro do que times que não são do C13 e estão na Série A (Avaí, Figueirense, Atlético GO). É contrato da Série A, dinheiro só para quem é da Série A. O pior é que tem times há anos longe da primeira que ainda pegam adiantamento de anos não negociados, como 2012.
3- Sabemos que os direitos de um campeonato são comerciais, assim como é uma ação de uma empresa, ou um serviço que você solicita para alguém. Se é comercial, porque tem que haver licitação? Licitação não é só para "serviços públicos"?
Eu acho que a relação é a seguinte. Eu tenho um produto (jogos de futebol) e preciso que alguém faça a transmissão dele (terceirizar). Eu quero que ele seja transmitido da melhor forma possível, mas preciso também do dinheiro. Escolho quem paga mais ou quem faz melhor? Aí você decide. Você pode escolher o melhor serviço mas receber menos do que você acha que deve, mas saberá que a qualidade é boa e não terá preocupações e, no caso da transmissão, até obter lucros por isso.
Ou você pode escolher o que paga mais, mas receber um serviço ruim, ter problemas e ainda tomar prejuízo para a sua imagem.
Por isso que acho que um órgão não pode vir assim do nada e impor algo que não é compatível com a situação. Assim como pedimos um orçamento para quem nos vai prestar serviços e depois de avaliar pelo menos três, escolhemos o que nos é melhor. Acho que os clubes tem o direito de fazer isso também; analisar a proposta de quem estiver a fim de participar e escolher a que lhe convém. Dane-se se vai ser da Globo ou da Record. Acho que eles tem direito de fazer isso. Já pensou a gente tendo que abrir licitação para consertar um farol quebrado do nosso carro ou até para levar nosso cachorro no veterinário?
Concluíndo: Acho que está tudo errado e por isso tudo dá errado e vira essa palhaçada que vemos no noticiários. Clubes, emissoras, dirigentes, Órgãos reguladores... todos estão querendo ser mais do que são.
E nós torcedores, como ficamos? Ficamos com o risco de ficar sem assistir aos principais jogos do campeonato e nos sujeitarmos a humilhação de ir àqueles lixos chamados estádios, pagando R$80,00 para sentar num cimento sujo, sem banheiro decente e em horários exdrúxulos.
E reclamavamos porque o jogo de quarta começava depois da novela? Agora será pior, porque vai começar depois do Superpop. Ou seja, além de aguentar a Luciana Gimenez e sua burrice, teremos que esperar até umas 23:45 que é a hora que acaba isso.