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sexta-feira, dezembro 02, 2011 | 0 comentários | By: Luis Ventura

A divisão do Pará

Ontem ao assistir o telejornal, vi uma reportagem sobre os prós e contras da proposta de divisão do estado do Pará. Alguns argumentos são legítimos e outros papo furado, mas eu não tenho esse blog para falar de política.

O que eu quero comentar é como ficará o futebol paraense com a divisão do estado?

Bem, atualmente o futebol paraense já não é tão soberano a Paysandu e Remo, muito menos a Tuna Luso aparece como um estraga prazeres. Hoje novos times dividem essa hegemonia, como o Águia de Marabá, o São Raimundo de Santarém e o atual campeão, o Independente de Tucuruí.

O equilíbrio ficou mais evidente com o enfraquecimento dos dois grandes. Recentemente, em 2000, o Remo disputava uma das oitavas de final da Copa João Havelange e o Paysandu em 2003 estava na Libertadores. Hoje os dois tem que ralar muito caso queiram se campeões ou vice para ir à Série D (Remo) e a Copa do Brasil (ambos).

Re-Pa: Os dois, que já viveram dias melhores, podem se dar bem com a divisão do estado. Foto:soupapao.com.br
 
Agora, com essa proposta de divisão do estado do Pará, a tendência é a coisa voltar a melhorar para ambos e piorar para os pequenos. E explico por que?

Neste ano, 14 clubes disputaram a divisão principal dividida em duas fases. Dos 14 times, a divisão com a proposta dos novos estados ficaria:

-       Estado do Pará: Paysandu, Remo, Tuna Luso, Time Negra, Sport Belém, Ananindeua, Cametá Abaeté, Castanhal e Santa Rosa
-       Estado de Tapajós: São Raimundo
-       Estado do Carajás: Águia de Marabá. Independente e Parauapebas

E o que aconteceria: Os principais rivais de Remo e Paysandu ficariam nos novos estados, ou seja, ficariam soberanos novamente. E os rivais? Ficariam em campeonatos precários e começariam a correr risco de perderem seus investimentos e fecharem as portas. Apesar de terem, na teoria, a vaga garantida pelos novos estados na Copa do Brasil e na Série D.

Só que como nada se comenta, mesmo com a formação dos novos estados, acho que na pratica nada vai mudar, pois eles, mesmo estando em outros estados podem se manter filiados a federação do Pará, assim como ocorre com o Luziânia, que é de Goiás, mas como está mais próximo de Brasília do que de Goiânia, joga no DF. E tem a Austrália, que por conta do nível técnico, joga na Ásia e não na Oceania (argumento que deve ser utilizado pelos clubes do Pará).

Porém, em caso de divisão do estado, independente da escolha dos clubes ou não, a federação estadual pode ser criada e assim novo clubes das regiões poderão disputar vagas para a Copa do Brasil e a Série D.

Eu sinceramente sou contra a divisão do estado, tanto politicamente quanto futebolisticamente. Eu sou do ideal que a união faz a força. E nesse caso temos o exemplo do Rio de Janeiro, que depois que unificou com a Guanabara, fortaleceu bastante os clubes do interior. Porém temos os casos do Tocantins e Mato Grosso do Sul, que tem seus estaduais com boa disputa, mas que sofre com o nível técnico. Se dividir os clubes também, a tendência é tanto Carajás quanto Tapajós viraram uma nova Rondônia, Roraima e Acre, acabando com o futebol profissional da região.
quarta-feira, novembro 30, 2011 | 0 comentários | By: Luis Ventura

Clássicos na última rodada. Você gostou ou não?

 A pergunta acima veio à tona em Março, quando saiu a tabela do Brasileirão, porém só agora é que teremos a resposta definitiva (ou já temos).

Dos 10 jogos da última rodada, 8 são clássicos e os 8 trazem alguma das equipes disputando alguma coisa. No começo do ano eu fui meio contra, não pela realização dos clássicos, mas pelo argumento utilizado de evitar que “marmeladas e facilitações” ocorram entre rivais, como aconteceu nos jogos Palmeiras e Fluminense em 2010 e Corinthians e Flamengo em 2009.

Bem, a ideia chega se mostrando uma coisa acertada na última rodada, porém mudaram um pouco o discurso. Os clássicos não são mais para evitar entrega-entrega e sim para que a rivalidade local acirre ainda mais a disputa. Tudo coisa de Marketing, pois para falar a verdade, a CBF tentou tapar o sol com a peneira e para sorte dela, deu certo. Deu certo porque além dos clássicos na última rodada, vimos muitos confrontos diretos, graças a ascensão do Figueirense e a queda do Cruzeiro.

O único problema de clássicos na última rodada, que eu tinha lembrado lá atrás e se confirmou é o seguinte. Em São Paulo, a policia não garante segurança para dois clássicos, com 4 grandes torcidas no mesmo dia e hora na cidade. A CBF ignorou e marcou um São Paulo e Santos para o Morumbi e Corinthians e Palmeiras pro Pacaembu inicialmente. Por mais que a tabela seja feita por um programa, o tal do ser humano, poderia ter visto isso e invertido o mando. Não fez e o São Paulo sai prejudicado pois lutando por Libertadores vai ter que jogar no Interior. Apesar que como ultimamente o tricolor anda vacilando no Morumbi, jogar em Mogi pode ser um triunfo.

No Rio, sabemos que até 2013 a cidade terá apenas um estádio de grande porte. E por mais que a policia garanta a segurança com 4 torcidas nas ruas (o que não garantem é a segurança contra os traficantes e precisam do apoio do exército), não dá para fazer dois jogos na cidade enquanto o Maracanã estiver fechado. Quem perde é o Botafogo, que também brigando por Libertadores, vai abrir mão do seu estádio (obrigado) para ir jogar no esburacado gramado de Volta Redonda. A partir do ano que vem, parece que o Vasco vai lutar para jogar os clássicos em São Januário, aí a coisa pode melhorar nessa questão.

Morumbi e Engenhão: Seus donos foram obrigados a jogarem longe de seus estádios os clássicos da última rodada. Fotos:Divulgação/Google
 Nos outros estados não há esse problema pois são apenas dois times e um jogo na cidade.

Agora sobre a questão esportiva, concluo que o clássico na última rodada é uma boa, pois torna mais difícil o que já é difícil (conquistar seu objetivo) Fica tipo aquela história: Você quer ser campeão, mas vai ter que passar por mim. Isso é bacana. Porém, com essa situação dos estádios e da segurança, fico com a opinião que o Luxemburgo deu no programa Bem Amigos há umas semana atrás: “Clássico na última rodada é legal, desde que tenha condições para realiza-los.” Infelizmente, Rio e SP não tem.

Espero que apos os jogos, tanto perdedores quanto vencedores mantenham a postura e não aprontem, principalmente as torcidas organizadas.

O calendário da FIVB


Ontem tivemos a apresentação da SL Feminina. Aliás, poderia ter sido mais pomposa, como o campeonato merece e pessoalmente, acho que show de mágica não combinou com vôlei.

Porém, o assunto é outro. Na apresentação, questionado sobre o desempenho da seleção feminina na Copa do Mundo, o presidente Ary Graça fez uma critica ao calendário da FIVB, que proporcionou em menos de 6 meses, mais de 40 jogos para uma seleção que chegou a todas as finais possíveis. O Grand Prix foi citado. Além de ser disputado quase que integralmente na Ásia, proporcionando uma viagem de mais de 24 horas, o torneio que dura um mês é longo e desgastante demais.

Eu concordo com a critica dele e só lamento que ele descobriu isso agora, quando surgiram as primeiras derrotas. Bernardinho, por exemplo, como eu já havia comentado em outro post, sabia desse problema, tanto que ele faz das suas para poupar ao máximo o time para o que realmente vale.

Mexer com o calendário é duro pois envolve muitos interesses, desde patrocinadores até direitos de TV. Assim como já havia feito com o futebol, proponho a seguir um calendário mais digno para o vôlei internacional. O grande problema é o espaçamento entre as competições de seleções. O que dá para tranquilamente ser jogado em 3 meses, acaba sendo divido por seis meses ou mais, dependendo do ano.

Sheilla em ação no Grand Prix 2011: Torneio longo na Ásia é um dos pontos da discórida. Foto: FIVB
 Outro grande problema ocorre com o Mundial de Clubes. Este ano, o Sollys Osasco não contou com sua força máxima pois as meninas estavam servindo a seleção. E o clube que paga as atletas para jogarem os principais torneios, não podem ser privados de utiliza-las (por essa perspectiva que a Unilever desistiu de disputar o Sulamericano e o Mundial)

Vamos lá.

Seguindo a ideia do calendário atual (padrão europeu), teríamos o seguinte ciclo:
Maio: Férias
Junho: Preparação das seleções – período de treinos
Julho e Agosto: Liga Mundial e Grand Prix
Setembro: torneio disputado a cada 4 anos (Copa do Mundo, Mundial, Copa dos Campeões e Olimpíadas)
Outubro: Início da preparação dos clubes
Novembro a Abril: temporadas Nacionais

Obs: Como as Olimpíadas não são organizadas pela FIVB, pode-se haver uma troca. Ano que vem ela será disputada em Agosto. Então as finais da Liga Mundial e o Grand Prix, por exemplo, iriam para Setembro.

O Mundial de Clubes poderia entrar em duas épocas da temporada: ou no recesso de Dezembro ou no fim de Abril.

Jogos Panamericanos, Copa Panamericana e outros torneios teriam que se encaixar dentro desse leque entre Julho e Setembro. E é possível fazer esse encaixe pois esses torneios duram uma semana ou menos. Depois seria com os técnicos que teriam que decidir se é mais importante, por exemplo, jogar um Pan com equipe completa ou mantê-la treinando visando uma Copa do Mundo classificatória para as Olimpíadas.

A ideia está na mesa. Agora cabem aos dirigentes do vôlei chegarem a um consenso e decidirem o que é melhor para o esporte.
segunda-feira, novembro 21, 2011 | 0 comentários | By: Luis Ventura

Qual é o problema?

Bem galera, terminou a Copa do Mundo de Vôlei Feminino no Japão. Infelizmente o Brasil não conseguiu o que queria (a vaga antecipada para Londres) e agora vai ter que apertar o já apertado calendário de 2012.

No geral, a competição foi muito boa e difícil, mostrando que Londres 2012 será mais disputado do que se previa. Os favoritos Brasil e EUA dançaram. O Brasil passou longe do titulo e ficou sem a vaga. Já os EUA ficaram com a vaga, mas perderam o titulo no último jogo ao tomarem de 3 a 0 do Japão, já eliminado, que fechou em quarto.

O titulo foi para a Itália, que aliás conquistou o bicampeonato. Era uma equipe desacreditada depois dos maus resultados no Mundial, no Grand Prix e no Europeu, mas com RENOVAÇÃO do elenco, foi lá e levou essa. Outro que surpreendeu foi a China, que ficou em terceiro e levou a última vaga. Mesma situação que a Itália: resultados pífios nos últimos torneios, RENOVAÇÃO e volta dos resultados.

Itália bicampeã da Copa do Mundo. (Divulgação FIVB)
Também preciso destacar a Alemanha, que lutou até o fim e salvo imprevistos, leva uma vaga para Londres, seja no pré-olímpico europeu ou no mundial.

E o Brasil? Bem, sobre o Brasil, a analise que faço é a seguinte: Em termos de resultados, as derrotas para EUA, Itália e Japão foram normais, visto a campanha de ambos no torneio. O grande pecado do Brasil foi os pontos perdidos nas vitórias de 3 a 2 contra China, Sérvia e Coréia do Sul. Li a pouco uma entrevista do Zé Roberto criticando o sistema de pontuação, falando que é coisa que só Einstein explica. Ele disse isso pois China e Brasil, terminaram com 8 vitórias, mas a China fechou com 26 pontos e o Brasil 21. Sinceramente, a reclamação do Zé é choro de perdedor. Sabia-se desde o começo que o regulamento era esse. Essa fórmula já é utilizada desde 2009 no Grand Prix e não sei porque só agora a reclamação. Não quero afirmar nada, até porque não tenho essa credibilidade toda, mas parece aquele história de time de futebol, quando seu time joga mal, perde e a culpa do resultado é transferida para os erros da arbitragem. A situação é igualzinha, mas ao invés do juiz, escolheram o regulamento.

Jogadoras cabisbaixas: Nem de longe lembrou o time sorridente de outros torneios. (Divulgação FIVB)
Para o desempenho técnico, ao ver todos os jogos, tenho a seguinte opinião: Historicamente, em torneios desse tipo, com jogos em dias consecutivos, a atuação é a seguinte: No começo, contra adversários menos favoritos, o Brasil, mesmo em baixo nível ainda pegando o ritmo, vence bem e adquire assim confiança para chegar a ponto de bala contra os favoritos no final. Mesmo que não esteja a ponto de bala, a confiança adquirida dá um upgrade no rendimento do time.

Desta vez, Zé Roberto não conseguiu fazer o time jogar em alto nível (Divulgação FIVB)
Coincidentemente, nesse campeonato aconteceu o contrario. O Brasil pegou logo na estréia os EUA. E perdeu. Os EUA vinham de uma preparação diferente (onde abdicaram do Pan), jogaram melhor e ganharam. Depois teve o Quênia e a seqüência dura com Alemanha, Sérvia, China, Itália e Japão. E aí o que aconteceu, jogos difíceis com o Brasil a meia boca. Vieram resultados inesperados e a confiança ao invés de ser adquirida, foi perdida. E para encerrar essa moleza que vimos.

Sassá: de descartada no Pan à uma das soluções principais jogadoras do time na Copa do Mundo. (Divulgação FIVB)
É obvio que um time do naipe do Brasil tem que estar preparado para tudo, jogando contra quem for na hora que for. Mas sabemos que o Brasil em geral, “só pega no tranco”.

Thaísa emocionada após vitória sobre a Sérvia por 3 a 2: uma das que jogaram bem.(Divulgação FIVB)
Vocês viram que acima eu destaquei a palavra RENOVAÇÃO ao falar da Itália e da China. É exatamente isso outro ponto que o Brasil pecou. Desde 2008 eu ouço essa história de renovação no time feminino e de novo só a entrada da Dani e da Fabíola, porque as duas levantadoras que estavam saíram, senão ficaria tudo na mesma. E o fato de não ter renovação é ruim porque, muitas jogadoras sabem que o técnico não promove concorrência em sua posição e uma hora a acomodação delas irá acontecer. Isso é culpa exclusivamente do técnico, que há 4 anos fecha o elenco em 16 atletas (as 14 que foram para o Japão mais Jaqueline e Natalia, que estavam machucadas). Essa situação me lembra a Copa de 2010, onde o Dunga morreu abraçado com ‘seus jogadores” e o mesmo periga a se repetir na seleção feminina de vôlei. Esse ano foi chamado pela primeira vez o time “B”, mas jogou o que? Um torneio na Rússia e só.

O Feminino (Zé Roberto) precisa seguir o exemplo do Masculino (Bernardinho). Na Liga Mundial (que é o equivalente ao Grand Prix) o técnico pode inscrever 20 e ele utiliza todos em sistema de rodízio e o resultado é sempre o mesmo: vitórias e jogadores que sabem que aquela pode ser a única chance de mostrar serviço e ganhar a vaga no time. No feminino, isso não ocorre (claro que a logística de levar 20 meninas para a Ásia não ajuda). Só que a seleção feminina tem um grave problema chamado prioridade. Todos os torneios são importantes e prioritários. São as mesmas 14 (com variação de uma ou duas) que vão jogar Copa Panamericana, Grand Prix, Copa do Mundo, Sulamericano, Torneio de Montreaux, Copa da Amizade seja lá o que for. Já no masculino, pelo que vejo, eles decidem qual será a prioridade única do ano, e nos outros torneios vão mesclando o time. É assim que funciona lá. Esse ano por exemplo o foco é a Copa do Mundo e em segundo momento, as finais da Liga Mundial. Ano que vem, será Olimpíada e fase final da Liga Mundial e assim vai.

São ideologias diferentes de trabalho adotadas pelas duas seleções, mas começo a perceber que os grandes adversários, tanto no feminino quanto no masculino estão adotando a ideia seguida pelo time do Bernardinho. E com isso o feminino fica para trás. Eu tenho certeza, que se o Brasil entrar com o chamado time “B” na fase de classificação do Grand Prix, na Copa Panamericana e até no Pré-Olímpico sulamericano, vai se classificar tranqüilo. Enquato isso, o time “A” treina para o objetivo maior: finais do Grand Prix, Olimpíadas, Mundial, Copa do Mundo etc.

E agora Zé? Técnico vai ter que se explicar ao presidente da CBV na volta ao Brasil.(Divulgação FIVB)
Vejam se essas meninas nível time “B” não formariam um bom time treinado pelo Paulo Coco:
Levantadoras: Ana Cristina, Ana Tiemi, Claudinha e Roberta
Centrais: Letícia Hage, Natasha, Natalia Martins e Carol Gattaz
Ponteiras: Michelle Pavão, Monique Pavão, Ivna, Juliana Nogueira, Suelle e Regiane
Opostas: Lia, Joycinha e Priscila Daroit
Líberos: Verê, Tassia e Michelle

Mas enfim, colocada essa situação, eu acredito que a técnica e a qualidade de nossas jogadoras farão o time superar esse momento, apesar de haver esses erros na minha concepção. Agora é torcer para as meninas terem um ótimo descanso pós-Superliga e que cheguem 100% motivadas e inspiradas para se prepararem para 2012. E claro que ninguém se machuque.
quarta-feira, novembro 09, 2011 | 0 comentários | By: Luis Ventura

As fórmulas das discórdias

Fim de ano chegando e enquanto a maioria das pessoas aguarda o presente que vai receber do Papai Noel, nós jornalistas esportivos que estamos atentos ao que ocorre no mundo do futebol ficamos no aguardo das aberrações que virão por aí na divulgação das tabelas dos campeonatos estaduais.

Esse assunto sempre dá discussão nessa época do ano. Temos os favoráveis a extinção dos estaduais e outros a favor de sua continuidade. Eu, como um conservador, sou a favor de sua manutenção. Lembro que há 10 anos, quando a CBF lançou a proposta do calendário, eu elaborei uma sugestão e enviei via carta para a mais conceituada revista de Futebol do pais, a Placar, avaliar e quem sabe publicar.

Hoje com o advento da internet, não preciso me submeter a isso para publicar minha opinião.

Dando uma de Presidente da CBF, descrevo abaixo a minha sugestão para um calendário unificado do futebol brasileiro. Quanto a questão dos estaduais, sei que isso fica a cargo de cada Federação, mas sugiro uma ideia, que é bem aplicada no Pará.


-       O calendário contempla as seguintes competições: Libertadores, Sulamericana, Copa do Brasil, Brasileirao A, B, C e D e Seleção.

Partindo do pressuposto que o ano tem 52 semanas, que podem ter no máximo dois jogos por semana para cada atleta, teríamos 104 datas.

Iniciaremos a nossa hierarquização a partir dos torneios internacionais. Libertadores e Copa Sulamericana seriam disputados simultaneamente, com as equipes que participam de uma não podendo participar das duas competições ao mesmo tempo, seguindo o exemplo aplicado na UEFA. Nesse caso, poderia ser elaborada uma fórmula de disputa onde os times eliminados na fase inicial da Libertadores fossem reclassificados na Sulamericana. Os torneios iniciariam em Abril e teriam suas finais em Outubro.

Os campeonatos Brasileiros Seriam disputados de maio até o primeiro domingo de dezembro. As Séries A e B teriam sua fórmula mantida: 20 clubes com pontos corridos, totalizando  38 jogos. A Série C teria 20 times, numa fórmula em que seriam formados dois grupos de 10 times divididos em norte e sul de acordo com a posição geográfica. Dentro dos grupos, os jogos seriam em turno e returno (18 partidas). Os dois primeiros de cada grupo garantiriam o acesso a Série B e disputariam um quadrangular (6 jogos para cada) para decidir o titulo. Numa segunda opção, os quatro primeiros de cada grupo se classificariam para um mata-mata para definir os promovidos e o campeão (6 jogos também). Na Série D, os 40 clubes seriam divididos em 4 grupos de 10 equipes regionalizado (2 para o norte e 2 para o sul). Como na Série C os jogos seriam em ida e volta dentro do grupo (18 partidas). O campeão de cada grupo estaria promovido para a Série C e se classificaria para o quadrangular final para disputar o titulo (6 jogos). Numa segunda opção, levando em conta os gastos e a situação financeira dos clubes, seria mantida a fórmula atual (8 grupos de 5, com jogos de ida e volta na primeira fase (8 jogos) e os dois primeiros se classificando para o mata mata (8 jogos)).

A Copa do Brasil, teria 64 equipes no formato atual, porém com sua disputa se estendendo durante toda a temporada. A competição com 6 fases teria uma fase disputada por mês (exceto a primeira que teria os jogos espalhados dois meses) sendo o início em Maio e a finalização em Novembro.

Por fim os estaduais, onde cada federação fica livre para encaixar seus campeonatos durante o ano de acordo com a necessidade de seus filiados e a participação dos mesmos em outras competições.

Minha sugestão para os campeonatos dos seguintes estados (RJ, SP, MG, RS, PR (principalmente), GO, CE, BA, PE e SC), que contam com mais de dois clubes entre as Séries A, B e C.

As competições da primeira divisão teriam  no máximo 12 clubes. O formato com o maior numero de jogos aceitável seria uma primeira fase como confronto de todos em turno único (11 jogos), classificando 8 para as quartas de final, semifinal e final em ida e volta (6 jogos), totalizando 17 jogos ao final. Esses campeonato seriam disputados entre Fevereiro, Março e Abril. (em que somando-se as datas daria disponível 24 datas – 2 datas para as 4 semanas de cada mês). Nessa ideia, os clubes teriam uma reserva de 7 datas (quase um mês) para intercalar de folga.

Uma ideia para estados em que uma primeira divisão não comporta menos que 12 times seria fazer como ocorre no Pará. Entre novembro e  Fevereiro, os clubes que nessa época estão parados, pois não jogam nenhuma divisão do Brasileiro, se enfrentam numa espécie de seletiva, para saber quem irá compor a fase principal junto com os clubes que jogaram o Brasileiro. Aos clubes eliminados, seria formado um outro torneio em que disputariam um não rebaixamento à segunda divisão, ou automaticamente se incorporariam aos clubes da segunda divisão para definir os clubes que no ano seguinte disputarão a seletiva novamente.


Pontos Positivos

-       Estaduais enxutos
-       Início dos jogos competitivos para segunda quinzena de fevereiro.
-       Valorização de todos os torneios (evitando escalação de times reservas no início do campeonato Brasileiro visando priorizar as finais da Libertadores ou Copa do Brasil)

Pontos negativos

-       Seleção ainda ocuparia algumas datas em que são realizados jogos nacionais, prejudicando alguns times com a convocação.
-       Estadual como o Paulistão teria uma seletiva que renderia apenas 1 vaga, já que hoje o estado tem 11 representantes na Séries A, B e C do Brsileirão, e pela fórmula proposta, seriam muito clubes “impossibilitados” de serem rebaixados. (A não ser que caiam para a Série D como ocorreu com Santo André e Marília, que teriam que disputar a seletiva.

Como vocês viram, idéias boas, todos tem, mas o difícil é agradar a todos. Eu gostei da minha sugestão, mas achei ainda o calendário muito inchado. O que atrapalha é a seleção, que hoje joga praticamente 2 vezes por mês entre Fevereiro e Novembro (10 meses), sendo que um desses meses tem que ser totalmente reservado a ela para Copa América,  Copa das Confederações e Copa do Mundo. Para resolver esse caso, uma ideia legal seria importar do vôlei a sugestão de parte do calendário só para a seleção. Então, ao invés ocupar dois meses espalhados pelo ano, porque não fazer esses dois meses de uma vez só. E esse período da Seleção ficaria ocupado pelos jogos dos estaduais. Só que para isso acontecer, o Brasil tem que virar a Europa e começar seu ano em Julho e terminar em Junho.

Romário faz a alegria do povo Brasileiro

Em 1994, um pais inteiro pedia seu nome na seleção. Os pedidos foram aceitos e Romário honrou o voto de confiança e comandou o Brasil no Tetra.

16 anos depois e uma situação semelhante. O povo pedia mudanças e novidades na política e Romário foi o escolhido do povo para isso. Seis meses depois e o baixinho honra mais uma vez o voto de confiança.

Quando eleito, Romário deixou claro a sua plataforma: lutar pelos direitos das crianças portadoras de deficiência e por projetos sócio-educativos no esporte. Só que uma situação específica também pedia seu apoio. A Copa de 2014.

Todos pensaram no primeiro momento que utilizariam a figura do deputado para divulgar o evento. Pelo contrario. Romário entrou com tudo para defender a soberania e os interesses do povo brasileiro. Pessoal tem visitado as obras dos estádios e acompanhando como está sendo UTILIZADO O DINHEIRO PÚBLICO. Na câmara, faz parte da comissão que está fiscalizando tudo e trava uma batalha para não permitir os absurdos da FIFA, que opõe-se as leis brasileiras.

Ontem, Romário mostrou porque está merecendo destaque seu mandato. Na audiência com os representantes da FIFA (Jerome Valcke) e da CBF (Ricardo Teixeira), ele foi ao ataque de forma sutil e elegante, perguntando o que todos gostariam de perguntar.

Não foi exatamente tudo o que gostaríamos de ter ouvido, mas já mostrou que enquanto ele estiver na área, a FIFA e a CBF não terão tranqüilidade.

Obs: Eu só acho que o Romário precisa ter cuidado com algumas situações. A questão das denúncias do jornalista Inglês, eu já estou ficando reticente, pois ele acusa, acusa e nada de provas, depois ele some da mídia, aí pipoca uma assunto e ele volta falando as mesmas coisas. Que a FIFA é pilantra e corrupta, não precisamos que ninguém nos diga. Dá para ver na cara. Agora precisa tomar cuidado para não entrar na do jornalista e no fim ser tudo uma jogada de marketing.

Sobre a questão da lei da Copa. Eu sou daquela ideia: Se vai existir lei da Copa, tem que ter lei das Olimpíadas, lei do Mundial de Handebol, lei do GP Brasil de F1 e assim por diante para todas as competições que houver em nível internacional no Brasil. Porque só na FIFA tem essas baboseiras e regalias. Quer fazer Copa aqui, faz, sem problemas nenhum, mas não venha querer mudar nossas leis e utilizar nosso dinheiro. Acho que o Romário deveria ter ido mais a fundo perguntando porque a FIFA pede isso, qual o interesse dela nisso, porque a CBF não utiliza recursos próprios e das receitas geradas pelo torneio para fazer as obras de estádio necessárias etc.

Por fim, acho que devem chamar lá não só a CBF e a FIFA, mas também os Governadores e Prefeitos que estão participando disso para prestar contas. Por exemplo: Porque o empréstimo do BNDES para obras nos estádios, não poderiam ser para financiar construção de casas populares para baixa renda, escolas, hospitais ou até centros de lazer para a população como quadras, campos e pistas esportivas?
quarta-feira, outubro 26, 2011 | 0 comentários | By: Luis Ventura

Post Urgente: A queda do ministro dos esportes

Segundo acabei de ouvir na rádio Estadão-ESPN, nas próximas horas o ministro dos esportes Orlando Silva (PCdoB) deve entregar sua carta demissão à presidente Dilma Roussef.

Até aí tudo bem, todo mundo sabe o que está acontecendo e todas as denúncias feitas. O que eu quero comentar e até em caráter de urgência é a tal ideia de que “pelo bem da Copa 2014” e “para agradar a FIFA” é melhor ele sair.

Pelo que me consta, ele é o ministro do esporte e não o ministro do futebol. Então acho que não tem nada a ver essa ideia de relacionar a saída dele com questões da Copa.

Para mim, este escândalo afeta mais a organização das Olimpíadas (coisa que não estão nem mencionando) do que qualquer outra coisa. Por quê? Porque o desvio de verbas afeta o desenvolvimento do esporte no pais. O dinheiro que poderia ser aplicado para desenvolver centros para a prática de ciclismo de competição (que não trouxe medalhas de Guadalajara), por exemplo, está indo indevidamente à alguém. E como eu acredito que o Esporte é a principal ferramenta de inclusão social, quem perde com isso também é a sociedade.

Quanto a Copa 2014, a FIFA e a CBF estão se linchando para quem vai ser o novo ministro, já que os recurso do ministério não vão para eles e eles não tem que dar satisfação nenhuma ao ministro.

Espero que acabe essa palhaçada de dar o ministério ao partido e o partido colocar seu pau mandado para poder roubar. Nunca me simpatizei com o fato desse cara ser o ministro, pois nunca esteve ligado ao esporte e se bobear, nunca praticou uma modalidade sequer. Temos tantos caras aí com capacidade para isso, que gerem atualmente clubes ou entidades, sendo ex-atletas ou não, e até políticos com perfil para a pasta melhor do que o atual, como Aldo Rebelo (cotado para assumir).

E quem assumir, que se preocupe com o Rio 2016 e o futuro do esporte brasileiro. Esqueça a Copa. O governo já deu muita “boiada” ao fornecer empréstimos e construir estádios com dinheiro do povo. Agora que a FIFA e a CBF se virem para fazer a Copa e o governo para investir e incentivar a pratica de atletismo, natação, ciclismo, handebol, pólo aquático, levantamento de peso, luta olímpica, ginástica e outros esportes de alto rendimento por jovens e crianças pelo país.
quinta-feira, junho 09, 2011 | 0 comentários | By: Luis Ventura

As várias faces de um Brasil sede da próxima Copa do Mundo

Terça Feira, 7 de junho de 2011. Estádio do Pacaembú em São Paulo. Uma grande festa para o amistoso de despedida de Ronaldo da Seleção. Organiazação de primeira, padrão Copa do Mundo.

Quarta Feira, 8 de junho de 2011. Estádio Couto Pereira em Curitiba. Uma grande festa dos torcedores na final da Copa do Brasil. Só que na hora da premiação...

Esse é o nosso país. Quando recebemos visitas fazemos de tudo para agradar. Podemos até não ter nada mas damos do bom e do melhor para eles. Tudo para impressionar. Agora quando recebemos alguém mais familiar, conhecido de longa data, deixamos do jeito que está, até porque ele já está acostumado. Funciona assim na vida pessoal e no futebol também.

Vejam os dois exemplos. No dia da festa de Ronaldo, era evidente que estariam lá jornalistas do mundi inteiro. Mas o Pacaembú não tem condição de abrigar em suas tribunas a quantidade de jornalistas que lá estariam. Não tem problema, fizeram um puxadinho nas cadeiras do lado oposto e criaram 2000 lugares temporários. Na hora da entrevista, todo o protocolo da FIFA foi estabelecido. Zona mista, coletiva apenas com o técnico e entrevistas em campo apenas em uma área reservada e com um jogador pré determinado. Para nós jornalistas é chato tudo isso? É, mas é um protocolo internacional que precisa ser seguido e que precisamos aprender a conviver pois a Copa vem aí.

Todos à espera de Ronaldo na entrevista: Padrão FIFA.

Agora vamos a Curitiba. Final da Copa do Brasil e o 1º erro: os dois times entram quando querem. O certo seria em finais como Copa do Brasil, Libertadores, Liga dos Campeões etc. que os dois times entrassem juntos, se perfilassem e fosse executado o hino nacional. Os outros erros durante a partida são as já conhecidas disputas entre os repórteres para entrevistar os jogadores antes do início de jogo e no intervalo. Sobra desorganização nisso.

Porém o pior vem no fim do jogo. O árbitro encerra o jogo e os jogadores do Vasco correm na direção de sua torcida para comemorar, enquanto preparam o pódio. Na torcida acontece de tudo. Jogador entra na arquibancada, torcedor pula no campo e até repórter entra na onda e sobe junto, colocando sua integridade em risco, só para entrevistar os jogadores.

Pódio pronto e cadê os jogadores para receberem a medalha? Nem dá para ver, tem tanta gente estranha lá que você nem sabe quem é quem. Os dirigentes vão entregando as medalhas. Jogadores, comissão técnica, diretores, torcedores, gandulas, jornalistas... quem passar na frente recebe a medalha. Até Roberto Dinamite entrou na onda e seguindo os passos de seu antecessor Eurico Miranda, mandou o segurança do estádio abrir o portão e deixar entrar umas 20 pessoas conhecidas dele no campo. De repende, eis que surge no meio do monte a taça. Nem deu para ver quem recebeu, como levantou... E olha que tava na TV. Imagina quem pagou uns 60 reais e não viu o momento máximo do campeonato. E o patrocinador da Copa do Brasil era quem? Não deu para ver com toda aquela multidão no pódio.

Aquele moço à esquerda do Fernando Prass joga no Vasco?

Nada justifica tal falta de organização. A mesma CBF que fez tudo perfeito na terça, fez um lixo na quarta. Semana passada teve a final da Copa da Itália, torneio similar a Copa do Brasil e a organização foi impecável. Desde a entrada em campo, até a entrega do troféu. Lá deu para ver que a TIM patrocinava o torneio. Julio César e Eto'o não precisaram furar uma muralha de repórteres para dar entrevistas no intervalo e no final. O hino italiano foi interpretado de forma maravilhosa por Emma Marrone e ao fim do jogo os seguranção não deixaram os atletas irem a torcida e nem ninguém de fora entrar no campo. Primeiro receberam as medalhas, os prêmios e o troféu para depois terem o campo livre para fazerem o que quiserem.

Na Itália, eu sei que o Eto'o ganhou o prêmio de melhor jogador da final. Já ontem o Alecsandro recebeu um prêmio que até agora ninguém sabe o que é.

Já tá na hora do Brasil parar ser elegante apenas com os visitantes e dar valor para quem está próximo. Essas cenas bizarras da Copa do Brasil com certeza foram vistas em vários países (Portugal e Itália com certeza).
sexta-feira, maio 13, 2011 | 0 comentários | By: Luis Ventura

Coitadinhos da Vila

Última nota, mas essa é curtinha. Vcs não acham que o Santos se faz demais de coitadinho? Um bando de marmanjo profissional não aguenta jogar Domingo e Quarta? Mas tá explicado. O Neymar anda pegando as menininhas aí que chega no jogo e ele tá cansado. Desculpa esfarrapada essa do Santos não cola. Eu lembro do Pameiras em 99 que jogava terça, quinta, sexta, sábado e domingo, ganhava de todos e não reclamava.

E tem cabra que rala o dia inteiro carregando peso e chega a noite e ainda passa mais duas horas todo o dia no futebol society e não fala nada. Pega um avião sossegado, de boa. Chega nos lugares limpinho, arrumadinho e ainda reclama.

Nós que ralamos 8 horas, e ainda ficamos mais 2 horas em ônibus e trens lotados, esmagados, suados, sujos e humilhados e não falamos nada.

Eles tem um staff que fazem tudo por eles. Arrumam o uniforme, preparam a comida, fazem os serviços do dia-a-dia (banco, supermercado...) e ainda tem coragem de reclamar. Nós trabalhamos e ainda chegamos em casa temos que cuidar dos filhos, lavar roupa, arrumar a casa, fazer comida, estudar... e não reclamamos.

foto:futura

Por isso acho que o Santos usa um recurso que não deveria para mudar o foco. E os troxas dos jornalistas aceitam isso de boa. É claro que algumas situações são cansativas mesmos, mas veja o exemplo. Enquanto a repórter da Globo Joanna de Assis foi para a Colombia no sábado e hoje já e sexta (o jogo foi quarta) e ela ainda não conseguiu nem chegar à Bogotá para embarcar para cá, o Santos já está de volta. Chegou tranquilo, terá folga até sábado e ela? Ela vai chegar aqui sábado e se bobear domingo já vai lá pra Vila cobrir a final. E ainda eles tem a cara de pau de reclamar que estão desgastados, que a maratona de jogos é grande e coisas do tipo.

Desta forma eles vão ter que mudar o apelido de Meninos da Vila para Velhacos da Vila, Ranzinzas da Vila... Torço para eles sairem fora logo da Libertadores, assim eles vão ter tempo para descansar e não vão precisar fazer uma viagem desgastante para o Japão em Dezembro jogar o Mundial. Deixa ir para lá que está mais disposto, né.

Estádio no Brasil

foto:divulgação

Mais um assunto que gostaria de falar. Ontem saiu as sedes da Copa das Confederações: Rio, Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre e Brasília. Só se fala na ausência de São Paulo. Eu não vejo nada demais pois em 2009, Durban, Cidade do Cabo, Nelson Mandela Bay e o Soccer City não fizeram parte da Copa das Confederações. E em 2005, Munique, Dortmund, Gelsenkirchen, Stuttgart e Berlin também ficaram fora. Ou seja, não faz muita diferença. Vai incomodar sim se São Paulo ficar fora da Copa, pois seria uma incapacidade tremenda uma cidade com 3 times de massa e nenhum estádio em condições de receber jogos.

Vocês sabem que eu sou contra essa idéia da FIFA de construir estádios adoidados para a Copa em lugares que não tem público para o futebol. Também sou contra essa de "tem uns 500 pontos cegos, então não serve". Tem gente que vai no estádio, fica no lugar com a melhor visão do jogo e ainda assim não assiste pois fica cantando, abrindo bandeirão e essas coisas. Na última Copa, o Ellis Park e o Royal Bafokeng (estádios antigos) tinham pontos cegos e teve jogo lá. Apenas isolaram aqueles lugares, mas não precisou demolir o estádio inteiro.

Para mim (e para quem investiga isso a fundo também) tudo isso é questão de influência. Um ajuda o outro e todos levam algo por isso. Morumbi serviria muito bem para a Copa apenas fazendo aquelas reformas do primeiro projeto. Não precisava demolir o Maracanã e o Mineirão inteiro. Não precisava construir estádios novos em Salvador e Recife, pois lá já tem estádios que com uma reforma serviriam. Ao invés de construir superarenas em Cuiabá, Manaus, Brasília e Natal, poderiam dar vez a cidades com mais público futebolístico como Florianópolis, Goiânia e Campinas. E por fim, porque não ter 2 estádios em algumas cidades (São Paulo, Porto Alegre, Curitiba e Rio de Janeiro).

Enfim, são coisas que não dá para entender. E sempre quando sai casos de corrupção na FIFA, tentam abafar. Por que será?

Para encerrar, algo mais específico. O estádio do Palmeiras. Vejo como certa a opção do Palmeiras em pedir um valor maior de garantia. E acho que se o pessoal da construtora, que como disseram "cumpre e entrega todas as suas obras", não teme nada, não vejo porblemas em eles aumentarem a garantia, já que a obra vai sair e isso nem seria usado. Sabemos que a região onde fica o Palestra Itália é muito valorizada em São Paulo e quem não queria construir um prédio comercial ou indústrial naquele ponto? Por isso o Palmeiras faz bem em exigir isso.

Com o Grêmio, acontece a mesma coisa: mesma construtora e estádio localizado em região valorizada. Mas o Grêmio aceitou que seu novo estádio fosse construído em outro lugar. E pelo acordo, eles constroem o estádio novo e depois de pronto é que o Grêmio, passa a construtora o estádio e o terreno do Olímpico para eles fazerem o que quiserem. Então se a obra não sair o Grêmio tem o seu estádio lá. Agora, se o estádio do Palmeiras não sair, não tem nada pois já demoliram tudo.

quarta-feira, abril 27, 2011 | 0 comentários | By: Luis Ventura

Uma partida para mudar certos conceitos.

Terminou a pouco o terceiro duelo entre Real Madrid e Barcelona nesses últimos 15 dias e o primeiro pelas semifinais da Liga dos Campeões. Quem assistiu à partida não deve ter dúvidas de quem jogou melhor e mereceu a vitória. Agora só não sei se muitos tiveram a mesma impressão que tive sobre certos conceitos tão mitificados que reúnem alguns personagens de Real Madrid e Barcelona.

O primeiro deles trata-se do senhor José Mourinho. Ele realmente é o melhor técnico do mundo? Para mim um técnico que tem os jogadores que tem no Real e mesmo assim tem medo de bater de frente com um adversário não pode ser o melhor do mundo. E por mais que insistam com a tese, o Real Madrid não mostra respeito pelo Barça. Somente medo.

Quem é o melhor? O português ou o espanhol?

O segundo deles é sobre o Messi. Ele é o melhor jogador do mundo? No momento é, porém não exagerem ao falarem que ele é melhor que Maradona (falta para isso brilhar na seleção). Ele é o melhor pois rende o mesmo em qualquer posição do ataque do Barça, seja pela direita, pela esquerda ou pelo meio. Messi é técnico, artilheiro e magistral. E mostra isso seja contra o Almeria, seja contra o Real Madrid. Já Cristiano Ronaldo também é ótimo, mas só tecnicamente. Não rende a mesma coisa em outras posições do campo, seus gols são mais por conta da força de seu chute e não é magistral quando precisa ser, como hoje.

Messi faz a diferença. Grande novidade...

Por fim o grande mito. O Barcelona é invencível? Qual o segredo deles? Invencível não é. Arsenal , Real Madrid e Hércules já mostraram que o Barça pode ser derrotado. O segredo está em jogar da sua forma sempre. Arsenal e Hércules ganharam jogando o que estavam acostumados. Já o Real Madrid pena pois joga de uma maneira diferente da habitual e para que isso funcione demanda tempo. A questão da posse de bola é secundária. O problema não é o Barcelona tocar a bola e sim o que eles fazem com a bola. Eles começam como quem não quer nada e em poucos segundos, com aquele toque morno lateralmente, já avançaram quase 70 metros no campo. E aí depois que avançam esses 70 metros, os outros 30 geralmente ficam por conta do Messi.

Ainda tem muita coisa para falar, como por exemplo, questionar se o Pepe é um zagueiro de alto nível, porque nenhum atacante-artilheiro se firmou no Barcelona e etc., mas fica para um outro papo, talvez semana que vem, pois tenho certeza que o duelo já era e que dia 28 de maio veremos Manchester United e Barcelona em Londres na grande final.

O jogo em fotos

Barça comemora em pleno Santiago Bernabéu. 2 a 0 e um pé em Londres.

Mourinho foi expulso e mesmo assim deu um jeitnho de ficar a beira do campo.

Cristiano Ronaldo se esforçou, mas não deu para ele nem para o Real Madrid.

Mesmo de fora, o goleiro reserva do Barcelona José Pinto arruma confusão. Acabou expulso.

Falta algo na cabeça dele... e não é só cabelo não. Mas uma vez Pepe perde as estribeiras e recebe cartão vermelho. Cada vez mais aumenta sua fame de cabeça de bagre.

Fotos: globoesporte.com
segunda-feira, abril 11, 2011 | 1 comentários | By: Luis Ventura

Um único assunto: Torcer

Nos últimos post eu tenho falado de vários esportes de uma só vez. Mas hoje vou mudar e não mudar ao mesmo tempo. Falarei de vários esportes mas sobre um único aspecto.

***

Eu tenho apenas 24 anos e cresci assistindo o "esporte bussiness", que transformou a disputa esportiva num espetáculo milionário, onde o dinheiro manda e, clubes e atletas, fazem de tudo para chegar a glória, até mesmo jogar sujo.

Eu tenho apenas 24 anos e cresci assistindo também as histórias protagonizadas por gênios do esporte como Michael Jordan, Ayrton Senna, Pelé, Mohammed Ali, Abebe Bekila, Jesse Owens, Mark Spitz e Nadia Comaneci, no tempo em que o esporte era clássico, lindo e honesto.



Eu tenho apenas 24 anos e hoje chorei mais uma vez com o esporte. Chorei ao assistir na televisão uma matéria sobre o duelo entre Monica Selles e Martina Navratilova. Martina (vencedora de 18 Torneios Grand Slams, ganhando em todos os 4) já estava em fim de carreira, jogando apenas em duplas e resolveu voltar a jogar simples. Monica (venceu 9 Grand Slams em três dos quatro), havia sofrido um atentado em plena quadra dois anos antes e estava retornando ao circuito.

Me emocionei ao ver essa cena:



Incrivel ver o carinho do público com essas duas tenistas. Foi de tocar o coração. E é disso que sinto falta hoje. Desse carinho do público com os atletas. Do carinho dos atletas com o público. De um esporte mais verdadeiro.

Para encerrar, deixo com vocês as voltas finais do GP de Mônaco de 1992. Disputa acirrada de Senna e Mansell e perceba nos minutos 5:18, 6:41, 8:09 e 9:34 a alegria dos torcedores ao lado da pista ao presenciar um dos maiores momentos do automobilismo mundial. Eu me arrepio não só com a corrida, mas ao ver essa demonstração espontânea do torcedor.




E torcer é isso. É ser verdadeiro e se identificar com seu atleta e seu time por isso. Torcer não combina com você ir ao jogo para xingar o atleta de bicha, como fez a torcida organizada do Cruzeiro. Torcer não combina com você ir ao estádio para brigar e matar.

Torcer é um sentimento tão bonito que não podemos deixar que poucos manchem essa emoção.

terça-feira, abril 05, 2011 | 0 comentários | By: Luis Ventura

Especialização: ajuda ou atrapalha?

Há 5 meses, todos os dias eu procuro oportunidades dentro da área que escolhi (comunicação) e envio um currículo. Nele estão todas as minhas informações e dois dados destacáveis: curso de locução esportiva no SENAC e o meu blog www.luismaisesporte.blogspot.com

As vagas são para diversas áreas desde para jornalistas até assessoria de imprensa. Os setores variam também desde comunicação coorporativa até cultura.

Até hoje só uma empresa me chamou para entrevista e nessa entrevista a grande pergunta foi o que esse meu lado esportivo poderia ajudar em uma outra editoria ou área.

Não sei se é impressão minha, mas acho que a minha preferência pelo esporte atrapalha a minha alocação no mercado de trabalho. Eu indico meu blog porque é o único lugar que tem textos meus que podem ser de análise para os selecionadores. O curso de locução esportiva aparece no meu currículo porque é um dos cursos de aperfeiçoação que fiz.

É claro que desejo integrar uma editoria de esportes, mas eu posso fazer parte e aprender nas demais editorias e áreas.

Para assessoria de imprensa, por exemplo, saber um pouco de futebol é muito importante, principalmente no que diz gerenciar uma crise ou organizar um evento, coisas corriqueiras do esporte.

Sabe pessoal, eu fico muito triste com isso. Enquanto estou aqui esquentando a bunda na cadeira, poderia estar sendo útil, ajudando as pessoas, aprendendo, ou seja, estar trabalhando.

Ao mesmo tempo que fico feliz por ver meus colegas na área, fico com inveja pois queria estar ali também.

O que será que tá faltando para mim? Será que é porquê eu não tenho bons contatos e QI? Será que é porque eu gosto de esportes e muita gente acha que jornalismo esportivo é para jornalista vagabundo e desleixado? Ou será que é (não gostaria de usar essa palavra) preconceito por eu morar numa cidade considerada subúrbio, ter me formado numa faculdade popular e por gostar de esportes?
quinta-feira, março 31, 2011 | 1 comentários | By: Luis Ventura

A (Im)parcialidade na TV.

Hoje, começo da tarde, me preparo para assistir aos programas esportivos das TVs e... só dava Adriano no Corinthians, quando gostaria de ver os gols de ontem na Copa do Brasil e na Libertadores e as informações dos clubes que não jogaram ontem. Assisto preferencialmente ol GloboEsporte, que de todos, é o que mais fala das outras modalidades. Os demais colocam "esporte" em seus nomes, mas na verdade poderiam mudar para "futebol". E não é que no GloboEsporte, só deu Adriano. O apresentador chegou até a anunciar que falariam no próximo bloco do jogo de vôlei que teve entre Sesi e Minas, pela semifinal da Superliga e estou esperando até agora.

Essa situação é irritante e ruim para o espectador. Eu sei que as TVs estão atrás da audiência, mas a suas audiências não é compostas únicamente por torcedores do Corinthians ou de pessoas que só gostam de futebol. Para mim, quanto mais diversificado for um programa esportivo é melhor. Infelizmente, as emissoras que fazem isso em seus noticiários, infelizmente não tem as imagens para por no ar porque outros não liberam.

Outra (Im)parcialidade que chama atenção acontece nas transmissões ao vivo, principalmente de esportes que têm o tempo técnico. Eu assisto muito vôlei e reparo que as transmissões dão mais destaque para os tempos técnicos de uns e de outros não. Alguns técnicos quando pedem para tirar o microfone, o narrador fala que respeita o pedido do téncnico. Quando é outro que pede, falam que foi mal educado e deselegante. Acabo de assistir Praia Clube x Osasco. Vi o 2° e 3° sets e em todos os tempos técnicos mostraram o Praia Clube ou quando dividiram, pegaram o Osasco já voltando para quadra. (PS: O patrocinador do Osasco é quem "oferece" o evento num dos canais que o transmite).

Aí, minha cabeça mirabolante associa: têm alguns técnicos que usam um rádio comunicador para conversar com alguém da comissão técnica. O que será que eles conversam? Será que eles assistem a transmissão e passam as informações para o técnico, inclusive o que o técnico adversário falou no tempo técnico? Posso estar viajando, mas acredito que possa ocorrer, até porque sempre tem gente que solicita para retirarem o microfone.



Bernardinho (acima à esquerda) é um dos que mais solicitam a privacidade nos tempos técnicos e todos respeitam o pedido. William Carvalho (acima à direita) também pede bastante a privacidade, mas sempre o acusam de ser "truculento" em suas solicitações.
Já Luizomar de Moura (abaixo à esquerda) e Paulo Coco (abaixo à direita) não ligam para os microfones, mas por motivos que não sabemos, as transmissões acompanham menos as instruções de Luizomar e mais as do técnico do Pinheiros/Mackenzie.


Claro que esses dois casos cabem uma longa discussão e ate uma análise ética. Mas para mim, como jornalista formado e como torcedor, é inadmissível que isso ocorra ainda. Acho que se você quer exibir determinada coisa e de um determinado modo, você deve deixar isso bem claro para todos e só assiste quem quer.

Agora é dura a situação do cara que tá ali assistindo aquele programa na hora do almoço, numa das únicas oportunidades diárias que ele tem para ver um noticiário esportivo e ficar "por dentro" do assusnto e no programa só falam do Adriano.

sexta-feira, março 18, 2011 | 0 comentários | By: Luis Ventura

A desvalorização do esporte brasileiro

Quem acompanha meu blog sabe o quanto eu critico a gestão do esporte brasileiro, que permite, entre tantos outros absurdos, a desvalorização do esporte brasileiro.
Eu já citei os exemplos que ocorrem no vôlei e no futebol, mas agora cito um exemplo do basquete e que serve para outros esportes também. Falo do esporte universitário.

Hoje a tarde, zapeando os canais vi o Bandsports transmitindo uma partida de NCAA (o basquete universitário dos EUA). E aí vai a reflexão: Porque ao invés de mostar os esportes universitários dos outros, não mostramos o nosso? Ah, é a vergonha pois além de um ensino deficitário, as Universidades brasileiras não incentivam a prática de esportes por seus acadêmicos. E quando participam é sendo patrocinadores de times.

Então já que não temos esporte universitário, poderiamos mostrar o profissional mesmo, só que aqui do Brasil. Mas nada de atletismo, natação, handebol, boxe olímpico, levantamento de peso, vela etc... O esporte brasileiro sempre fica a margem do estrangeiro.

Claro que entra em conta o fato de quase todas as modalidades do esporte brasileiro estarem nas mãos das Organizações Globo. Sim. Mas o próprio canal a cabo de esportes da emisora não valoriza o esporte nacional. Mostra na maioria de sua programação futebol, deixando para lá outras modalidades e maioria desses jogos, às vezes, nem tem times brasileiros ou interessa aos brasileiros. São poucos os programas sobre as modalidades olímpicas (quase zero) e quando os eventos são transmitidos, a divulgação é mínima. Vejam o estardalhaço que estão fazendo com esse torneio do Futebol de Areia. Milhares de chamadas já entraram na programação. Agora se é para anunciar um jogo de basquete, como aconteceu com o jogo das estrelas da NBB, ou de vôlei, como acontece sempre, os anúncios são zero.

E isso gera essa bola de neve. O canal que tem os eventos do Brasil faz pouco caso deles. Os outros canais, sem alternativas, mostram e valorizam o esporte dos gringos. E quem se ferra nisso tudo? Isso mesmo, o esporte brasileiro.

Depois todos, ainda tem a cara de pau de cobrar porque fomos mau em uma competição de ginástica, porque o boxe brasileiro não ganha medalhas em olímpiadas há maius de 50 anos e etc.

O Brasil precisa mudar urgentemente sua mentalidade esportiva e começar desde baixo, pois é na escola que nasce a paixão pelo esporte que vai até o dia de nossas mortes.
sexta-feira, março 11, 2011 | 0 comentários | By: Luis Ventura

Futebol é com a RedeTV!

Pois é amigos, saiu o resultado da licitação mais esperada do Brasil. E olha que não era para construir um supermega hospital em região carente ou um super piscinão para acabar com as enchentes, e sim, para conhecermos a emissora que vai transmitir o Campeonato Brasileiro entre 2012 e 2014. Pelo que foi divulgado pelo Clube dos 13, o que seria uma concorrência virou uma só proposta no valor de 516 milhões anuais da RedeTV! ao invés dos 700 milhões anuais previstos pelo C13.
Mas isso não é o final. A RedeTV! já deixou claro que só segue em frente se puder transmitir os jogos de todos os times.
Agora vamos a outro ponto. Hoje estava assistindo a entrevista do Presidente do Botafogo Maurício Assumpção ao programa bate-bola da ESPN Brasil. Entre outras coisas ele falou de como ocorreu o processo de licitação, do qual ele fez parte da comissão do C13, e porque alguns clubes saíram.
Pelo que ele contou, as emissoras fizeram uma apresentação a comissão e segundo ele, algumas demontraram falta de "espertise" para fazer a transmissão do futebol. E do jeito que a licitação caminhou, ele corria o risco de vender os direitos para essa emissora que não tem "espertise" e acabar assim, ao invés de ter lucro, tomando prejuízo. E por isso ele orientou aos clubes cariocas que ele representava a sair disso.

Outras questões?

Agora, depois dessa entrevista que vi e dos acontecimentos desses últimos meses, tenho algumas perguntas que gostariam que fossem respondidas.

1- Quem organiza o Campeonato Brasileiro é a CBF. Ou seja, ela é a dona do evento, assim como a FIFA é da Copa do Mundo e o COI das Olímpiadas. Porque então são os clubes que negociam os direitos de algo que nem são eles que organizam?
Ah, mas na Europa são os clubes que fazem isso. Mas lá quem organiza os campeonatos são eles mesmos. Já pensou as seleções negociando os diretios de TV da Copa? Não existe isso de negociar o que não é seu. E a CBF pode quando der na telha fazer o que fez ano passado com a FBA e desautorizar o C13 a negociar esses direitos.

2-Se estão negociando os direitos do Campeonato da Primeira Divisão, porque alguns clubes que estão na segunda divisão, só porque fazem parte do Clube dos 13, recebem dinheiro desse contrato?
Isso é o cúmulo. Dos 20 times do C13, cinco estão na segunda (Guarani, Portuguesa, Goiás, Sport e Vitória). E se não me engano, levam mais dinheiro do que times que não são do C13 e estão na Série A (Avaí, Figueirense, Atlético GO). É contrato da Série A, dinheiro só para quem é da Série A. O pior é que tem times há anos longe da primeira que ainda pegam adiantamento de anos não negociados, como 2012.

3- Sabemos que os direitos de um campeonato são comerciais, assim como é uma ação de uma empresa, ou um serviço que você solicita para alguém. Se é comercial, porque tem que haver licitação? Licitação não é só para "serviços públicos"?
Eu acho que a relação é a seguinte. Eu tenho um produto (jogos de futebol) e preciso que alguém faça a transmissão dele (terceirizar). Eu quero que ele seja transmitido da melhor forma possível, mas preciso também do dinheiro. Escolho quem paga mais ou quem faz melhor? Aí você decide. Você pode escolher o melhor serviço mas receber menos do que você acha que deve, mas saberá que a qualidade é boa e não terá preocupações e, no caso da transmissão, até obter lucros por isso.
Ou você pode escolher o que paga mais, mas receber um serviço ruim, ter problemas e ainda tomar prejuízo para a sua imagem.
Por isso que acho que um órgão não pode vir assim do nada e impor algo que não é compatível com a situação. Assim como pedimos um orçamento para quem nos vai prestar serviços e depois de avaliar pelo menos três, escolhemos o que nos é melhor. Acho que os clubes tem o direito de fazer isso também; analisar a proposta de quem estiver a fim de participar e escolher a que lhe convém. Dane-se se vai ser da Globo ou da Record. Acho que eles tem direito de fazer isso. Já pensou a gente tendo que abrir licitação para consertar um farol quebrado do nosso carro ou até para levar nosso cachorro no veterinário?

Concluíndo: Acho que está tudo errado e por isso tudo dá errado e vira essa palhaçada que vemos no noticiários. Clubes, emissoras, dirigentes, Órgãos reguladores... todos estão querendo ser mais do que são.

E nós torcedores, como ficamos? Ficamos com o risco de ficar sem assistir aos principais jogos do campeonato e nos sujeitarmos a humilhação de ir àqueles lixos chamados estádios, pagando R$80,00 para sentar num cimento sujo, sem banheiro decente e em horários exdrúxulos.

E reclamavamos porque o jogo de quarta começava depois da novela? Agora será pior, porque vai começar depois do Superpop. Ou seja, além de aguentar a Luciana Gimenez e sua burrice, teremos que esperar até umas 23:45 que é a hora que acaba isso.