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sábado, janeiro 14, 2012 | 0 comentários | By: Luis Ventura

Londres, aí vamos nós.

A Olímpiada de Londres está chegando e a cidade vai ajustando os últimos detalhes. Para verificar se está tudo ok, eventos testes são realizados nos locais de competição. Nesses eventos, a a organização testa a mesma logística que será aplicada durante os jogos. E na semana que se passou, o teste foi feito na Ginástica Artística. Para os atletas valiam as últimas vagas para os Jogos Olímpicos e o Brasil estava lá para classificar suas duas equipes (Masculina e Feminina).

Campeão Mundial em 2011, Arthur Zanetti exibe medalha conquistda no evento. Favorito para Londres? (Cahê Mota/Globoesporte.com)

Os homens foram desfalcados de Diego Hypolito e precisavam terminar até no 4° lugar para conseguir a vaga. A equipe com Arthur Zanetti, Francisco Barreto, Petrix Barbosa, Sérgio Sasaki, Péricles Silva, Mosiah Rodrigues e Arthur Nory Mariano terminou em 6° e não garantiu a vaga, mas para Sérgio Sasaki, favorito para ficar com a vaga no individual geral que o país terá, o resultado não foi frustrante: "Estar aqui já foi um milagre. Se você olhar a estrutura da Espanha, não acredita no que fizemos. Se tivéssemos a estrutura de outros países, já imaginou? Mas nossa equipe é para 2016". Nos homens, além da vaga no individual geral, estarão em Londres Diego Hypolito no solo e Arhu Zanetti nas argolas.

Aliviadas, meninas comemoram a vaga (AP)
Já o feminino foi uma disputa emocionante pela vaga. O Brasil foi ao último aparelho sabendo o que precisava para superar a Bélgica e chegar no quarto lugar, mas durante sua exibição na trave de equilibrio, Jade Barbosa cometeu um erro e prejudicou sua pontuação. Daniele Hypolito, de 27 anos, precisaria ser impecável e foi, garantindo o Brasil em Londres. Após a exibição, ela mesmo ressaltou que essa foi a maior pressão que já viveu na carreira. "Nessas horas, a experiência é muito boa. Tive a frieza de saber o que estava fazendo. Sempre confio muito no meu trabalho. A ginástica, principalmente a trave, é muito porcentagem de acertos. Desde o Mundial, nos treinamentos, acertei 90% da minha prova. Isso é muito bom."

Daniele Hypolito abraça sua técnica Giorgete Vidor: sua atuação classificou o time brasileiro (Cahê Mota/Globoesporte.com)
O feminino, não conseguiu classificar nenhuma atleta individualmente.

Para finaizar o evento teste, o Brasil conquistou 3 medalhas individuais: Ouro com Jade Barbosa no salto  e Arthur Zanetti nas argolas e Bonze com Daiane dos Santos no solo.
quinta-feira, dezembro 29, 2011 | 1 comentários | By: Luis Ventura

Não fale sobre o que você não entende

Eu adoro e ao mesmo tenho odeio quando os especilistas em futebol tentam falar sobre os outros esportes, principalmente tentando misturá-los. Adoro porque tenho a oportunidade de comentar e poder debater a ideia com eles e odeio porque geralmente esses caras sempre falam sem saber o que estão falando ou escrevem. Hoje li um texto de um blogueiro do site Trivela questionando porque os clubes de futebol não apoiam o esporte olímpico e falou que atletas de ponta nesses clubes são jogadas de marketing. Concordo que em alguns casos esses atletas são Marketing sim, mas falar que os clubes não apoiam é um erro. 

Quem acompanha o esporte (esporte num todo, não só o futebol), sabe que o Cruzeiro tem uma bela equipe de Atletismo de Rua; o Corinthians tem um ótimo time de Natação, de Futebol Americano e Futsal há anos; o Flamengi tem Ginástica Artística, Basquete, Remo, Natação dentre outros/ o Fluminense aposta no Polo Aquático e nos Saltos Ornamentais. O Botafogo vai de remo e Polo Aquático, o Palmeiras tem o Tênis de Mesa com Hugo Hoyama e no norte e nordeste temos o Remo e o Sport com o vôlei. Ou seja, são diversos exemplos.

O que o pessoal não entende é que culturalmente o Brasil é o país do Futebol, e vemos nos jornais, sites e programas esportivos que 90% ou mais do espaço é do futebol. E todos esses clubes criaram seu nome e seu status no futebol, que através dos patrocinios, das cotas de TV e da renda gerada pelos dividendos, sobrevive e acaba mantendo todos os outros esportes.

Desta forma, não é possível hoje, por exemplo, para esses clubes, que em muitos casos tem dificuldades até para pagar seu time profissional de futebol, bancar várias modalidades com equipes de alto nível. Então cada clube vai apostando no que tem mais tradição. Tanto isso é notável que vemos alguns casos de clubes de Futebol que não tem mantém equipes fortes em nenhuma outra modalidade por não ser o espirito do clube desde o começo. E quando seu nome pinta em algum esporte é por pura cessão de imagem.

É claro que sentimos falta do grande time de basquete do Palmeiras ou de atletismo do São Paulo, mas cada clube desenvolve o seu esporte de acordo com suas necessidades. Se você for ver, eles não deixam de investir nas outras modalidades, porém apenas não podem ter equipes profissionais de alto nível, mas tem uma categoria de juvenil, infantil e etc, o que é ótimo pois é disso que o esporte precisa: incentivo aos mais jovens. Daí para frente, se o garoto quiser mesmo ser um profissional, ele vai atrás do seu sonho e com certeza encontrará um clube que irá aproveitá-lo com devido reconhecimento.

2012 trás os Jogos Olímpicos e com certeza ainda ouvirei bastante gente que não conhece o mundo dos esportes dar seu palpites e falar nada com nada, principalmente aqueles que hoje pedem para um Flamengo ou Palmeiras montar um time profissional de alto nível no Badminton, mas que são os primeiros que vão estar nem aí para noticiar e ir prestigiar quando isso acontecer.
quinta-feira, dezembro 15, 2011 | 0 comentários | By: Luis Ventura

O Brasil ficou perto de fazer história. Eu acho que não.




Há alguns dias eu postei uma prévia do Campeonato Mundial de Handebol. E eu não esperava que o Brasil pudesse ir até onde foi. E explico por que.

Como o Handebol  no Brasil tem uma divulgação irrisória se comparado com o futebol, até eu que estou diariamente fuçando a internet atrás de notícias e tudo mais, não tinha a real noção de como evoluiu o nível da nossa seleção. Acompanhei o Handebol no Pan, mas como os outros paises do continente são bem inferiores a nós, eu tinha a impressão de que o Pan não seria um parâmetro ideal.

O Mundial chegou e as meninas foram maravilhosas ao passar invictas por seis adversárias até as quartas de final. Eu, por exemplo, previa um retrospecto de  3v-2d na primeira fase.

Ontem assistindo a transmissão maravilhosa do Esporte Interativo, capitaneada pelo narrador André Henning, ouvia ele sempre dizendo “Estamos a X minutos de fazer história”. Hoje ao ver as noticiais que saíram nos sites de esportes, o destaque era “Brasil quase faz história”. Ao ler e ouvir essas frases fiquei com isso na cabeça e andei pensando após o resultado.

Não é uma critica a ele e sim uma reflexão: A derrota tirou a chance do Brasil fazer história no handebol? Eu respondo que não. Fale-me um jogo de handebol que levou o público que vimos todos esses dias no Ibirapuera? Eu vejo os jogos da Liga Nacional na ESPN Brasil e muitos jogos tem público de contar nos dedos.

Ibirapuera cheio para uma partida de Handebol: nunca tinha visto (Gabriel Inamine / Photo&Grafia)
 
Outra coisa, que até o André citou na transmissão, tinha gente que nem sabia que handebol existia. Para muitos handebol é a queimada ou algo do tipo. Agora muitos conhecem o que é um tiro de 7 metros, para que serve a linha tracejada da quadra e todas essas coisas.

Por fim, é de entrar para a história também o fato de ser o primeiro pais das Américas a receber o torneio e ser o melhor não europeu desse mundial, o que é um feito maravilhoso, se levarmos em conta que o esporta ainda sofre com a falta de patrocínios. Hoje só o Banco BVA e a Penalty são parceiras do esporte. Com esse apoio e com o repasse da Lei Piva, a CBHb vem realizando um ótimo trabalho (inclusive, se não me engano, a Confederação ajuda para que algumas meninas joguem em times da Europa e ganhem experiência). Então por conta disso, podemos dizer que o Handebol do Brasil fez sim história. Daqui 50 anos todos que forem pesquisar sobre o esporte verão esse grande feito do Brasil.

Agora o que falta é saber aproveitar o momento e angariar mídia e patrocínios por esporte, como tem conseguido o Rugby, a Natação, o Basquete e o Vôlei. O Brasil tem uma Liga bem organizada e uma seleção com potencial, mas a divulgação é fraca. Vimos por exemplo no Mundial, muitos jornalistas reclamando um site com poucas atualizações, com falta de informações e ainda um perfil no twitter que não se relaciona com a galera.

Eu até dou uma sugestão (inclusive não sei se eles já tiveram essa idéia): Porque não o Esporte Interativo transmitir a Liga Nacional de Handebol junto com a ESPN Brasil? Quanto mais exposição melhor. E também, a Liga poderia investir em criação de conteúdo como, por exemplo, uma revista, no estilo da que eu fiz, para divulgar o Campeonato e a modalidade e aproveitar, como estou fazendo, as redes sociais para divulgar. Inclusive se precisarem de ajuda, estou a disposição para criar o conteúdo e fazer esse trabalho.

Propagandas a parte, parabéns a seleção que fez história e esperamos que o masculino acompanhe o crescimento e essa conquista não seja um “sonho de verão”.

Valeu Deonisia, valeu meninas! (Gabriel Inamine / Photo&Grafia)