Revista Guia da Copa das Confederações 2013
Acesso Virtual, Falta de criatividade real
Ontem, por volta das 23:00h, durante um dos intervalos da minha “cobertura” sobre o PAN de Guadalajara, vejo a manchete no site do Terra: Lusa consegue o acesso virtual. A primeira coisa que me perguntei foi “o que é acesso virtual?”.
Bem, o que quero dizer é o seguinte: o jornalistas esportivos não tem criatividade e simplesmente inventam termos para chamar a atenção. Esse tal de acesso virtual vale a mesma coisa que o titulo simbólico que deram para o Corinthians no final do primeiro turno do Brasileirão, ou seja, vale nada.
A galera que escreve no sites, jornais e revistas precisam rever seus conceitos, pois embalam muitos torcedores. Eu tenho certeza que muitos Corintianos comemoraram o titulo simbólico e teve torcedores da Lusa comemorando o acesso virtual. O pior é que tem muito comentarista experiente que entra na onda e adere a ideia.
Eu sei que o que vale para jornais, revistas, TVs e sites é a audiência, mas para mim, usar esses artifícios é a mesma coisa que falar mentira (Ou vai falar que o Corinthians ganhou a taça do titulo simbólico e a Lusa, mesmo que não pontue mais e seu adversários ganham tudo, já esta promovida?)
Fica aí a reflexão. Manchete é algo muito importante para a notícia, mas inventar termos que não condizem com a realidade mostra a fragilidade do jornalista que a escreveu.
Narrador esportivo ou narrador futebolístico
Eu estudei e estudo muito essa área, então tenho um pouco de crédito para falar sobre eles. Sabe que é em um evento como os Jogos Panamericanos e Olimpíadas que vemos quem realmente é locutor esportivo e quem é locutor de futebol. Mas claramente, conhecemos quem entende de todos os esportes e quem faz de conta que entende. E estou me surpreendendo, negativamente.
As transmissões estão acontecendo no portal Terra e na Record. O time da Record eu conheço de cor: Mauricio Torres, Eder Luiz, Álvaro José, Marco Túlio Reis e Reinaldo Gottino. Da turma do Terra, conheço só uma parte. Tem o Mauricio Bonatto e o Rodrigo Cascini que já vi no Bandsports e o Jorge Vinícius que ouvi umas vezes na Record e no Sportv.
Independente de serem conhecidos ou não, já é possível perceber uma coisa na maioria deles: Quando o evento aperta e chega um momento que você não sabe o que falar, muitas vezes por falta de intimidade com o esporte, eles recorrem aos anúncios da programação. Dos esportes que tivemos até agora, Vôlei e Natação, por serem os mais comuns aos brasileiros, são fáceis de serem narrados. Porém, nos outros esportes, os locutores tem empregado uma técnica, que eu não considero a mais adequada.
O que tem acontecido é que, praticamente, quem narra o evento é o comentarista e não o locutor. No Taekwondo e na Ginástica Rítmica, por exemplo, é o que tem ocorrido. Nos dois casos, os comentaristas ao invés de darem sua opinião ou fazerem comentários técnicos sobre a luta ou a apresentação, eles vão indicando o que acontece, tipo “a atleta vai receber punição”, “teve mais uma falta” etc. Para mim, isso mostra a falta de conhecimento dos narradores sobre os esportes.
Quando você se propõe a narrar um evento multi esportivo, o mínimo que se espera é que você conheça o básico do esporte, como a forma de disputa, os tipos de pontuação e de faltas. Nesse quesito, a Record, por já estar com uma equipe junta e se preparando há tempos tem ido bem. No caso deles, a única coisa que tenho observado, é muitas vezes a repetição excessiva de termos da modalidade (em muitos casos, sem necessidade). No Terra, os locutores parecem que ficaram sabendo da escala meio que em cima da hora, sem ter tempo para se prepararem. E sem tempo para se preparam acontece isso, o narrador leve até onde dá e na hora do aperto, recorre ao merchandising e ao comentarista na hora e de forma errada.
Para esses tipos de evento, em especial, o segredo é a preparação. Por isso que eu digo que nessa hora conhecemos que é narrador de todos os esportes e quem é só de futebol. Como descobrimos isso? Simples, pois quem sabe e conhece várias modalidades, consegue encarar uma parada desses mesmo tendo pouco tempo de preparação. Pois nesse tempo curto, ao invés de aprender sobre o esporte, as regras, a história e todas essas partes, para depois ficar por dentro de quem é o cara do momento, os favoritos e etc., vai direto para os favoritos. E o narrador que consegue ter posse de todas essas informações, consegue conduzir a transmissão muito bem e recorre ao comentarista e ao merchandising na hora certa.
Voltando ao ponto em que disse que “os locutores tem empregado uma técnica, que eu não considero a mais adequada”, explico que não é a mais adequada pois, muitas modalidades são novidades para os espectadores. Então a locução e os comentários precisam ser mais didáticos, principalmente nas fases preliminares. E como vemos, os narradores, por conhecerem pouco ou, ás vezes, nada do esporte, eles não conseguem extrair o lado didático e técnico dos comentários quando necessário.
Com tudo isso, vemos uma grande mescla de estilos de transmissões:
1- A ideal, em que o narrador conhece e, ainda por cima, conta com um comentarista que já tem experiência na função e ambos sabem quando e como devem fazer suas funções.
2- O narrador conhece, mas ele tem ao lado um comentarista estreante na função. Nesse caso o narrador precisa estar chamando o comentarista para participar e fazer seus comentários.
3- Narrador que conhece pouco e comentarista experiente. No caso o comentarista experiente percebe a dificuldade do narrador , respeita isso e tenta ajudar, pois sabe qual é a sua função na transmissão.
4- Narrador que conhece pouco e comentarista iniciante. O narrador tenta procurar se apoiar no comentarista e aí pode acontecer duas coisas: o comentarista ser um cara extrovertido, e aos pouco se sentir a vontade e começar a narrar, conforme citei acima, o evento. Ou o comentarista ser tímido e não ficar a vontade. Aí o narrador tenta se apoiar nele e acaba vindo sempre frases curtas ou comentários básicos.
5- Por fim, narrador que não conhece nada e que, por circunstâncias, ao tem comentarista, e nesse caso ele fica perdido e chega a ter momentos em que não sabe o que falar.
Vocês viram que eu fui ético e não cheguei a citar nomes, nem de quem considero que está fazendo certo, nem de quem ta fazendo errado. Para exemplificar tudo, eu considero o meu exemplo, em que estou gravando as transmissões do Pan e narrando para aprimoramento e treinamento pessoal.
Por trabalhar diariamente em horário comercial e fazer as narrações nas poucas horas de lazer. Eu me encaixo nos seguintes requisitos: Conheço regras e histórico de, pelo menos, 20 modalidades. Me escalei para narrar o Pan há mais de um ano, porém ao tenho tempo para me preparar sobre as atualidades de forma ideal. Como estou sozinho, eu mesmo faço o papel de comentarista, então consigo desempenhar alguns dos perfis que retratei.
Vamos a um exemplo bom e outro ruim meu. Sábado fiz o primeiro dia de natação. Este é um esporte que acompanho desde 2001 e entendo as regras, sei da história e da atualidade. Então fui muito bem., gostei da forma que conduzi a transmissão e até do meu desempenho como comentarista (em que interpretei Mariana Brochado). Domingo foi a vez do ciclismo. Conheço as regras, sei um pouco da história, mas não estava por dentro da atualidade. Desta forma, considerei meu desempenho na transmissão do feminino como ruim, inclusive como comentarista (interpretando Hernandes Quadri Jr., medalhista nos Jogos Panamericanos em 1995). Não conhecia como era a dinâmica de transmissão da prova e conhecia pouco os recurso técnicos. Poucas horas depois, no masculino, fui um pouco melhor, pelo fato do anterior, mas pela falta de preparação acabei decepcionando. E assim vou indo: vou bem nos que tenho pratica (vôlei e natação) e mau nos sem pratica (ciclismo, vôlei de praia e taekwondo).
Encerrando, eu sei que quem não me conhece vai perguntar “Quem é esse cara e que moral ele tem para comentar sobre isso?”. Quem me conhece vai entender e me parabenizar pelo artigo. E concluo, por experiência, que no locução esportiva, o segredo e preparação e pratica. Quanto mais informações você tiver em mãos e maior for o seu conhecimento da dinâmica da transmissão, melhor será o seu desempenho.
E por esse ponto, vejo que é importante você ser especialista em um determinado esporte, seja ele futebol, vôlei, basquete, tênis, judô etc. O grande problema é quando, para esse eventos grandes, as emissoras, seja por falta de opções ou por questões publicitárias e de audiência, recorrem aos narradores de futebol, sem dar a eles o tempo necessário para se preparar. É como jogar na altitude. O problema não é jogar lá e sim não ter o tempo necessário para aclimatação. E como a seleção brasileira já mostrou algumas vezes, o resultado disso pode não ser bom.
O que nós temos em comum?



Em pesquisa realizada com torcedores do Atlético de Madrid, 70 % reprovaram a nova versão do uniforme. Tudo por conta dessa padronização.
Eu particularmente sou contra isso que as empresas de material esportivo fazem. Cada clube tem a sua história e a sua tradição, mas algumas coisas que as empresas fazem com os "mantos sagrados" são um tiro no peito do torcedor.
Por exemplo, eu adorei a nova camisa número 1 do Palmeiras com escudo retrô. Ficou demais. Agora o uniforme 2 ficou rídiculo com aquele vermelho e verde no peito. Desconfigurou total.
Outro exemplo é o conjunto do uniforme do São Paulo. Calção vermelho descombinou total e convenhamos ficou estranho com o uniforme 2. E esse uniforme 3 do Corinthians? Claro que é uma homenagem, mais Timão grená é tão feio quanto Timão de Roxo.
E nas seleções? Aquela faixa verde no uniforme novo do Brasil, o tom de azul da nossa camisa 2, o uniforme 2 da França, o azul claro com marrom da Itália em 2009 e os uniformes reservas vermelho e preto da Alemanha em 2008 e 2010 são tão absurdos quanto o que fazem com os clubes.
Infelizmente, os clubes e as seleções não podem fazer nada, pois vendem suas marcas para as empresas fazerem o que quiserem com a camisa de nossos clubes e seleções. O pior de tudo é que sempre utilizam uma desculpa marketeira para justificar tal escolha.
Se os clubes não podem fazer nada, nós torcedores podemos. É só boicotar esses produtos que desconfiguram a história e a tradição do nosso time. Eu por exemplo não comprarei nunca mais um camisa assim.
Já que toquei nesse ponto dos uniformes, seria interessante que os clubes e as empresas criassem um uniforme 3 para que os times realmente usassem em campo em algumas situações, como por exemplo, no jogo entre Grêmio e Corinthians em Porto Alegre. Grêmio de camisa tricolor, calção preto e meia branca. O Corinthians com seu uniforme 1 deveria jogar de Branco, calção preto e meias brancas. Mas uma determinação da FIFA impede que as duas equipes utilizem a mesma cor na mesma peça do uniforme. Assim, desconfigura o Corinthians fazendo ele jogar de branco, branco e preto. Por que então, não criar um 3º uniforme para esses casos?
Sabiam que o Santos nunca desconfigura seu uniforme. Ou joga todo de Branco ou todo de preto (claro que nesse caso é a camisa listrada).
Acho que esses senhores que fabricam e desenham esses tipos de uniformes, com certeza são estilistas frustados. Até o Alexandre Herchcovic faz melhor que esses caras.
O maior clássico do mundo
Cada um vai tentar puxar o tapete para o seu lado. Tem gente que se apega a questões históricas, outros a religião, questões geográficas e até questões pessoais.
Nesses dia estamos vivendo uma overdose de Real Madrid e Barcelona e sempre escuto "Esse é o maior clássico do mundo!". Só que vai tentar convencer os gaúchos disso (Grenal), os Mineiros (Atlético x Cruzeiro), os baianos (BaVi), os escoceses (Rangers e Celtic), os Milanistas (Inter x Milan), os sérvios (Partizan x Estrela Vermelha) etc...

Para mim não há o maior clássico do planeta. E não é só o futebol que pode proporcionar esses duelos. Monte Sírio x Hebraica no basquete não é um clássico? Mclaren x Willians na F1 também? E a lista segue com Rio de Janeiro e Osasco no vôlei, Minas x Pinheiros na natação e por aí vai.
O mais importante em tudo isso é saber valorizar o seu clássico e respeitar os outros. Pois com todos seguindo o mesmo caminho, quem sai ganhando sempre é o esporte e o torcedor.
3 toques
Vôlei
Amigo, que final foi aquela da Superliga Masculina. Ginásio lotado, galera empolgada, atletas jogando muito... Para mim o título merecidamente foi para o SESI. O melhor time de todas as fases. Ano que vem promete ser melhor ainda com o ex-patrocinador do Pinheiros e Cimed se unindo e o milionário Eike Batista montando um supertime no Rio de Janeiro.
Sábado agora tem o feminino. Não foi tão equilibrada como o masculino, mas a final promete ser show. Agora é a revange. Em 2009 o Unilever foi campeão em jogo único no Rio. Em 2010, o Osasco levou em São Paulo. E agora em BH, quem leva? Eu acho que a Sheilla garante esse título pro Rio.
Futebol
Agora começa para valer a temporada 2011. Fases agudas do mata mata da Libertadores e da Copa do Brasil + Estaduais nos últimos momentos. Logo começa o Brasileirão e vamô que vamô. Tem gente feliz com o que seu time fez até agora e outros decepcionados. Mas tudo até agora foi ilusão. Será agora que vamos ver quem são os bons. Não adianta meter 8 no América da esquina e perder logo de cara na Libertadores. Ou ser campeão estadual invicto e lutar contra o rebaixamento no Brasileirão.
É claro que Cruzeiro e Coritiba dão indicios de uma boa temporada. Mas Flamengo, Palmeiras, São Paulo, Grêmio, Inter são times que estão conseguindo os resultados mas deixam dúvidas sobre o futuro. Análise para valer só depois da janela de transferências de Agosto.
Tênis
Djokovic começou o ano bem e ainda segue invicto. Só que uma contusão o afastou de um Masters 1000 (Monte Carlo). Nadal que já sofria com a ameaça do Sérvio de lhe tomar a posição n°1, agora entra num trecho da temporada totalmente favorável, mas que pode ser traiçoeiro. a temporada do saibro. Sabemos que Nadal é o melhor nesse tipo de piso, mas o problema é justo esse. Por ser o melhor, elefoi campeão de quase todos os torneios desse piso e portanto precisa defender esses pontos. Ou seja, um vacilo e uma inesperada derrota em algum desses campeonatos pode significar pontos a menos e aproximar Djokivic do topo do ranking.
O papel dos locutores no desenvolvimento do esporte
Pois bem, resolvi trazer essa questão à tona e usá-la como objeto de estudo do meu trabalho de conclusão de curso de jornalismo.
A primeia vista, parece ser muito fácil pesquisar um assunto desse, ainda mais sobre o esporte, que quase todo mundo conhece (ou diz conhecer). Mas quando colocamos a mão na massa, a história muda.
Esse trabalho requisitou muita pesquisa sobre a historia do esporte brasileiro e das transmissões esportivas e de seus locutores. E como já é conhecido, a bbliogafia disponível nessa área ainda é pequena.
Ao longo desse tempo descobri várias coisas que ainda não conhecia. Esclareci outras coisas que já sabia e aprofundei ainda mais meus conhecimentos sobre o tema.
Basicamente, a pesquisa se dá na convergência de dados históricos e estatistícos, sempre buscando responder a questão proposta: Qual a participação dos locutores esportivos no desenvolvimento do esporte no Brasil?
A conclusão do meu trabalho é de longe uma conclusão definitiva sobre o tema, mas espero que sirva de base para àqueles que forem estudar o tema
Segue abaixo o meu trabalho de pesquisa para quem se interessar e peço por favor que quem utilizá-lo futuramente, atribuam os devidos créditos.
Para finalizar, fica mais uma vez meu agradecimento a minha orientadora Professora Ms. Carla de Oliveira Tôzo e a todos que contribuiram ao trabalho.