segunda-feira, março 28, 2011 | | By: Luis Ventura

Fim de semana cheio, muito cheio.

Fazia um tempo que eu não curtia um fim de semana tão esportivo como esse. Tivemos opções para todos os gostos e estilos. Vamos contar como foi cada um deles?

Mundialito de Clubes de Beach Soccer

Já fui mais fã do futebol de areia. Porém a idéia desse campeonato foi muito boa. Nada melhor do que promover o esporte atráves dos times mais populares do futebol de campo. A única coisa que é ruim nessa história é que aconteceu esse campeonato, mas esses times não vão ter sequência. Apesar da maioria desses jogadores serem profissionais (recebem para jogar esse esporte), os clubes não são. Não existe um campeonato entre eles (ano passado até teve aqui no Brasil, mas a primeira vista foi algo em que os times apenas emprestaram seus nomes) e portanto fica difícil imaginar que isso prossiga no futuro. Dentro de quadra, melhor para o Vasco, que venceu o Sporting de Portugal e foi o campeão.

Basquete Brasileiro

A NBB está chegando a reta final e os playoffs vão se desenhando. O Flamengo e o Brasília que foram os papões dos últimos anos, agora estão encontrando novos concorrentes como Pinheiros, Franca e Uberlândia. Bom para o basquete nacional que se fortalece ainda mais e esperamos que isso se reflita na seleção.

Superliga

Os homens já conhecem seus semifinalistas. Apesar do Vôlei Futuro desbancar o Tetra Campeão Cimed, acho que não houve surpresas até pelo grande equilibrio que apresenta a competição. Talvez a surpresa foi que todos os confrontos foram definidos em 2 jogos, quando se esperava pelo menos 3 duelos em algumas séries (Minas e Montes Claros, por exemplo). Agora teremos SP x MG nas semifinais (Minas x Sesi e Vôlei Futuro x Cruzeiro).
No feminino, ínicio das quartas de final e de todos os jogos o que mais me chamou a atenção foi como o Minas atropelou o Pinheiros. O time mineiro jogou certinho e o paulista estava perdido. Como disse o técnico do Pinheiros durante o jogo para suas atletas "quando o passe não sai, vocês não sabem o que fazer com a bola". E no fim deu 3 a 1 para o Minas, em São Paulo. Já nos outros jogos deu a lógica e vamos ver agora nesse meio de semana quem vai fechar a fatura já.

Automobilismo

Tivemos Fórmula 1 e Fórmula Indy. Algumas semelhanças entre os dois: provas em circuitos de rua, abertura da temporada e atual campeão vencendo de ponta a ponta e um carro da equipe oficial da Lótus no pódio. As diferenças: Apesar de tudo o que foi inventado na Fórmula 1, ainda segue meio chato assistir as corridas. As ultrapassagens ocorreram, mas os carros seguem andando uns longe dos outros e os brasileiros, de protagonistas viraram apenas participantes. Na Fórmula Indy, os brasileiros apesar de estarem em equipes menores, ainda conseguem protagonizar as corridas, como ontem, em que Kanaan terminou em 3° e Rafael Matos e Vitor Meira em 7° e 8°. Os carros também mostram um pouco mais de competitividade. Claro que há uns melhores e outros piores, mas os piores não ficam tão atrás dos melhores como na Fórmula 1.
Apesar das semelhanças e das diferenças, ainda é legal ver os dois. Um pelo glamour que ainda tem e o outro pela adrenalina.

Futebol

Gostaria de falar de apenas 2 pontos.
Primeiro, a seleção brasileira ainda não me convence. A formação tática que o Mano escolheu para jogar contra a Escócia foi boa. Três atacantes, com um fixo na área e dois abertos como ponta é uma boa para esse time, mas ele escalou alguns jogadores fora da posição, como Jadson de ponta direita e Elano de meia armador (até certo ponto entendido por causa dos desfalques de Ganso, Pato, Robinho e outros). O Damião entrou e jogou bem, Neymar arrasou de novo, Lúcio voltou para ficar e Ramires e Lucas Leiva serão os novos volantes do Brasil, acabando com os cães de guarda que sempre tivemos. O que não me convenceu foi que a seleção mais uma vez não soube jogar contra um time na retranca. Insistia em levar a bola até dentro da pequena área ou a linha de fundo, quando nesses casos, algumas finalizações de média distância podem resolver a parada. Outra coisa foi a morosidade que o time teve no segundo tempo. Tava com 1 a 0, mas por 25 minutos jogou como se tivesse treinando. Acho que independente do resultado e do adversário, a seleção tem que jogar como se tivesse perdendo e precisasse sempre dos gols, mas ou menos como faz o Barcelona que sempre mete 8, 7, 5, 4 etc. Mas no geral a seleção fez o que tinha de fazer: ganhou e não convenceu.

Segundo ponto, é sobre Rogério Ceni. Fez cem gols contra o Corinthians, o que para um goleiro seria como se um jogador fizesse 1000 gols. Mas veja como são diferentes o presente e o passado. Claro que o Pelé é o Pelé e não tem comparação. Mas quando ele fez 1000 gols, havia uma apreensão enorme de todos e quando saiu o gol, o jogo praticamente foi interrompido para que Pelé fosse homenageado e ouvido por seus súditos. E nos seus agradecimentos, o famos destaque para as Criancinhas do Brasil. Vamos ao Romário. Fez 1000 gols também, não teve todo o alarde do Pelé, mas o pessoal entrou em campo, paralisou a partida e registrou na hora as palavras de Romário, agradecendo a famíla e a Deus. Agora vamos a Rogério Ceni. A expectativa de todos não era a mesma (estava maior quando ele tinha 97 ou 98 e jogou contra o Palmeiras do que quando tinha 99 e jogou contra o Corinthians). Ele fez o gol e ninguém ao menos tentou entrar em campo para entrevistá-lo e ouvir as suas palavras que ficaram para a eternidade. Foram fazer isso após o jogo e o que Rógerio fala? "Agradeço ao São Paulo que luta contra muitos nesse meio" (algo assim). Ou seja, num dos grandes momentos de sua carreira, onde poderia dizer qualquer outra coisa, e ele me vem falar de brigas políticas. É por isso que o futebol de hoje é tão chato, todos estão algemados. Apesar disso, né seu Rogério, parabéns pelo 100 gol.

1 comentários:

Regis Thiago disse...

Como smp..é admiravél sua visão esportiva..parabens Luis...manda mt bem...crítico e sensato,solido no que diz