domingo, janeiro 08, 2012 | | By: Luis Ventura

Só vai dar gato pingado lá!





por Luis Ventura

Quinta-feira, 4 de Janeiro de 2012. Estava eu em casa, compenetrado no trabalho de redesign do +Esporte, quando um convite feito por minha amiga apareceu: Vamos assistir Grêmio e Bragantino em Osasco pela Copa São Paulo? Aceitei o convite, apesar de não me entusiasmar com o evento.

Logo, me surgiu várias ideias na cabeça, mas a principal delas era fazer uma matéria sobre os malucos que iriam ao estádio num sábado de manhã assistir um jogo de juniores. Pensei nisso porque tinha a certeza que iriamos encontrar uma "meia dúzia de pessoas", sendo a maioria delas parentes de jogadores. Mas quebrei a cara.

Logo na chegada, eu e minha amiga ouvimos os batuques e a torcida gritando "Grêmio, Grêmio!". Pensamos "Será que estamos atrasados?". O jogo estava marcado para as 11 horas. Mas era um outro Grêmio.

Chegamos e fomos entrar no estádio. Eu estava com todos os meus equipamentos na mochila, já que de lá iria emendar uma partida de vôlei na Vila Leopoldina. E lá tive a desagradável surpresa que não poderia entrar nada: garrafa, guarda-chuva e até caneta. Notebook muito menos. Mesmo explicando que iriamos fazer uma matéria não rolou, os políciais foram muito bacanas (diferente de certos seguranças particulares que encontro nos eventos por aí) e nos indicaram a procurar a administração.

Já tava p... da vida, né. A Federação tem no seu site uma página com o nome "Vai ao jogo?". Lá lista todos os jogos que vão acontecer, mas não descrevem para o torcedor, por exemplo, que se ele for com guarda-chuva, notebook, caneta, garrafa de água e tudo mais, ele não pode entrar. Até falei para mianha amiga: Nós não podemos entrar com isso, mas os torcedores organizados entram com batuque e aquelas coisas que depois servem de armas. Mas tudo bem.

Na administração também encontramos gente boa, que liberou nossa entrada (e que agradeço). Lá dentro, estava combinado que minha amiga iria fazer uma matéria sobre aquilo que citei no começo (do torcedor maluco que vai no estádio etc.), mas não sei se pelo encantamento dela ou por não termos encontrado aquilo que tinhamos imaginado.

Enquanto ela assistia atentamente e anotava tudo sobre o que rolava no campo, eu fiquei de olho no ladoi de fora. Logo percebi que estavamos numa área reservada. Por ali tinha pessoal da comissão técnica dos 4 times (Osasco, Grêmio, Oratório e Bragantino), dirigentes, diretores, outros jornalistas e os famosos olheiros.
Bem na cadeira a frente tinha um. Ele parecia bem concentrado. Ele tinha um fichário com uma página com o desenho de um campo e lá ele anotava a formação tática dos times. No verso, as anotações sobre o jogo, os atletas e tal. E também a tabela do torneio. Achei interessante isso. Não perguntei o nome dele , nem conversei com ele (vacilo meu grave), mas me interessou seu trabalho. Tambem pude ouvir uma conversa dos dirigentes que falaram "O Osasco só não fechou por causa do Sr. ... (que esqueci o nome agora)" Me senti o cara, pois estava ali no meio dos caras ouvindo tudo isso.



Abaixo, nas cadeiras comuns, tinha torcedores. E fiquei na dúvida se estavam torcendo pro Osasco ou pro Oratório do Amapá no primeiro jogo. No fim fiquei com a impressão de que torceram pros dois. Na verdade é aquele cara que assiste futebol e pega no pé dos dois times.

Achei legal essa experiencia. Foi tão boa quanto ao do dia que fui na Arena Barueri e fiquei no meio das numeradas narrando Palmeiras x Mirassol no Paulistão 2008. Se der (e o ingresso não for caro), volto la para assistir o Osasco na Série A3 do Paulistão.

Dentro de campo, o Grêmio Osasco (aquele que a torcida gritava) oerdeu pro Oratório por 3 a 1. E o Grêmio venceu o Bragantino por 5 a 0. Aliás esse jogo lembrou eu jogando videogame (PES12). O Bragantino (eu no jogo) jogava assim, um ia na bola, que no caso era o cara que eu controlava, mas os demais não faziam o que eu gostaria (igual acontece no videogame). E o Grêmio com a bola ia tocando, chegando na área, chutando e fazendo os gols. Quando defendia, os jogadores corriam mais, marcavam com dois em cima. Igualzinho.



Não sei se minha amiga Aline achou algum jogador interessante (ela gostou do jogo do 10 do Bragantino, o Ricardo), mas eu sinceramente, não chamaria nenhum para jogar no meu time. Porém o programa foi bom e agora entendo porque os malucos saem de casa num sabado de manhã para ver um futebol de juniores no estádio. Agora entendo.

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