quinta-feira, abril 29, 2010 | | By: Luis Ventura

Mais um final triste


Pois é, esse time aí de cima não existe mais. Hoje a Blausigel anunciou que não irá mais patrocinar o voleibol de São Caetano por motivos de reestuturação de marketing. Assim, Sheilla, Mari, Fofão e as outras atletas do time estão livres para procurar outro clube.

Na verdade, isso é triste pois denigre ainda mais a força do voleibol brasileiro. é muito provável que Sheilla e Mari vão para a Europa e que Fofão vá para lá também ou até (espero que não) encerre a carreira.

Esse motivo apontado pela Blausigel para o encerramento do patrocinio é balela. Eles deixaram o volei pois não deu o retorno financeiro ( entenda-se lucro) que eles imaginavam. Muito provavelmente deverão seguir na StockCar pois um de seus concorrentes de mercado também tem uma equipe por lá e esse ano o Piloto da Blausiegel Alan Khodair está muito bem.

Para o vôlei, o impacto disso é ruim. Ano passado já haviam deixado o esporte dois patrocinadores. O Santander de São Bernardo e o Finasa em Osasco. Isso salienta os seguintes pontos negativos dessa gestão da CBV:

1- A submissão da CBV à Rede Globo, que impõe condições para a transmissão das partidas, que nem sempre agrada aos clubes, mas é sempre aceita pela CBV, que também não repassa o dinheiro pago pela emissora aos clubes já que a imagem cedida é dos clubes e não da CBV.

2- A falta de critério da Confederação, que diz ter o melhor campeonato do mundo, mas que há 6 anos tem sempre as mesmas equipes disputando a final, o que afugenta investidores de peso, pois saben que por mais que invistam não conseguirão chegar a final, pois o regulamento limita a contratação de atletas de alto nível devido a pontuação imposta pela CBV e não distribuí por igual a força entre as equipes, conforme essa regra se propunha a fazer, visto que as mais de 70% das jogadoras da seleção brasileira ( 10 de 14) jogam ou no Sollys Osasco ou no Unilever.

3- O calendário do voleibol brasileiro que limita as competições a um período de 4 meses e meio, já que em muitos estados não há a condição de disputar um campeonato estadual descente e pelo fato de muitas vezes as atletas do clube estarem a disposição das seleções.

Apresentado esses problemas, a solução seria a ruptura dos clubes com a CBV e eles próprios organizando seu campeonato, como temos o exemplo do Basquete e do Futsal. Somente assim os clubes poderiam ter a independência e reivindicar veiculação do nome dos patrocinadores aos do clube nas transmissões, valores de cotas compativeis aos investimentos e a audiência gerada por eles, um calendário maior possibilitando um período maior para competições e encerrando o ranqueamento dos atletas e permitindo assim a possibilidade de contar com mais jogadoras qualificadas em um mesmo time.

E concluíndo seria interessante ver Osasco, São Caetano, Unilever, Minas TC, Pinheiros, Cimed, Cruzeiro, Volei Futuro, Brasil Volei e outros se unindo e formando uma liga de ponta. Interessado em bancar essa idéia teriamos com certeza já que o vôlei é o segundo esporte mais popular do Brasil.

3 comentários:

Unknown disse...

Olha. concordo com tudo que vc disse, e fiquei muito desapontado com o Presidente da Blausiegel que garantiu a permanencia da equipe e "desmentiu" o Bruno Voloch para o Brasil inteiro, eu até entendo com os motivos do encerramento do contrato, mais na minha opinião eu achei o Presidente da Balusiegel muito desonesto,

Lu disse...

é, mais um patrocínio que se vai...

A CBV é muito desrespeitosa com as equipes, sou mesmo a favor de uma ruptura dos clubes com a CBV. Quem sabe assim o Volei nacional possa ser tratado com mais dignidade.

Unknown disse...

É uma pena pro nosso Volei ... E com isso fortalesse mais ainda a msm final de todos os anos!