quinta-feira, dezembro 29, 2011 | 1 comentários | By: Luis Ventura

Não fale sobre o que você não entende

Eu adoro e ao mesmo tenho odeio quando os especilistas em futebol tentam falar sobre os outros esportes, principalmente tentando misturá-los. Adoro porque tenho a oportunidade de comentar e poder debater a ideia com eles e odeio porque geralmente esses caras sempre falam sem saber o que estão falando ou escrevem. Hoje li um texto de um blogueiro do site Trivela questionando porque os clubes de futebol não apoiam o esporte olímpico e falou que atletas de ponta nesses clubes são jogadas de marketing. Concordo que em alguns casos esses atletas são Marketing sim, mas falar que os clubes não apoiam é um erro. 

Quem acompanha o esporte (esporte num todo, não só o futebol), sabe que o Cruzeiro tem uma bela equipe de Atletismo de Rua; o Corinthians tem um ótimo time de Natação, de Futebol Americano e Futsal há anos; o Flamengi tem Ginástica Artística, Basquete, Remo, Natação dentre outros/ o Fluminense aposta no Polo Aquático e nos Saltos Ornamentais. O Botafogo vai de remo e Polo Aquático, o Palmeiras tem o Tênis de Mesa com Hugo Hoyama e no norte e nordeste temos o Remo e o Sport com o vôlei. Ou seja, são diversos exemplos.

O que o pessoal não entende é que culturalmente o Brasil é o país do Futebol, e vemos nos jornais, sites e programas esportivos que 90% ou mais do espaço é do futebol. E todos esses clubes criaram seu nome e seu status no futebol, que através dos patrocinios, das cotas de TV e da renda gerada pelos dividendos, sobrevive e acaba mantendo todos os outros esportes.

Desta forma, não é possível hoje, por exemplo, para esses clubes, que em muitos casos tem dificuldades até para pagar seu time profissional de futebol, bancar várias modalidades com equipes de alto nível. Então cada clube vai apostando no que tem mais tradição. Tanto isso é notável que vemos alguns casos de clubes de Futebol que não tem mantém equipes fortes em nenhuma outra modalidade por não ser o espirito do clube desde o começo. E quando seu nome pinta em algum esporte é por pura cessão de imagem.

É claro que sentimos falta do grande time de basquete do Palmeiras ou de atletismo do São Paulo, mas cada clube desenvolve o seu esporte de acordo com suas necessidades. Se você for ver, eles não deixam de investir nas outras modalidades, porém apenas não podem ter equipes profissionais de alto nível, mas tem uma categoria de juvenil, infantil e etc, o que é ótimo pois é disso que o esporte precisa: incentivo aos mais jovens. Daí para frente, se o garoto quiser mesmo ser um profissional, ele vai atrás do seu sonho e com certeza encontrará um clube que irá aproveitá-lo com devido reconhecimento.

2012 trás os Jogos Olímpicos e com certeza ainda ouvirei bastante gente que não conhece o mundo dos esportes dar seu palpites e falar nada com nada, principalmente aqueles que hoje pedem para um Flamengo ou Palmeiras montar um time profissional de alto nível no Badminton, mas que são os primeiros que vão estar nem aí para noticiar e ir prestigiar quando isso acontecer.
quinta-feira, dezembro 22, 2011 | 0 comentários | By: Luis Ventura

O Livro dos Dias




Olá galera,

Em época de retrospectiva, fiz algo diferente. Escrevi um texto poético, montei um vídeo e coloquei uma trilha sonora bacana. Achei que ficou legal.

O Homem mais irado da Cidade: Tão sem graça quanto fumar cigarro do Paraguai





Todo fim de ano temos essa mesma situação: Especulações sobre transferências no futebol, eventos beneficentes que as TVs tratam com final de campeonato e muitas tantas outras coisas que enchem o saco.

Quem me acompanha, sabe que eu sou uma pessoa critica, que  às vezes é até dura demais no que diz. Então hoje eu resolvi compartilhar um pouco dessa indignação que eu tenho nessa época do ano, plagiando a coluna "O homem mais irado da cidade" que todos os meses têm na revista Placar.

A primeira é sobre o mercado de futebol. Não de onde aparece tanto boato, se são os clubes que plantam para atrapalhar negociações do rival, se são empresários que soltam as notícias para tentar barganhar mais com seus agenciados ou se são os próprios jornais que, por não terem nada para noticiar inventam tais coisas.

Porém, esse ano eu acho que vi uma das coisas mais ridículas que já apresentara: “Acompanhe o tempo real das negociações”. Quem lê pensa que “nossa, tem um repórter de plantão no clube, acompanhando o entra e sai de dirigentes e empresários, buscando informações e entrevistas.” Mas não é bem assim. Muitas vezes, é um pobre do estagiário que fica procurando na internet notícias que pipocam em sites concorrentes e ele traduz para o seu, pois, o que rola de real mesmo, quem acompanha é o setorista do clube, que nessa época do ano, entra em semi-férias (ta de férias, mas ligado se não rola nada por lá) e só volta quando o time voltar.

Outra coisa desse tempo real é que parece que a cada minuto vai ter uma atualização a cada minuto, como se fosse uma bolsa de cotação de valores e ações, só que não é isso que acontece. Não sou contra essa boataria de fim de ano, acho que cada um vende o que quiser e cabe ao leitor selecionar o que ele quer ver ou não.

Outra coisa que cabe ao espectador decidir se quer ver ou não são esses jogos beneficentes. Esse ano até que ta pouco, mas são muitos jogos de amigos de um contra amigos de outro e por aí vai. Nada contra também, acho que quando se pode fazer algo para ajudar alguém, devemos fazer. Só sou contra a forçada de barra que as emissoras que o transmitem fazem. Mandam vários repórteres, locutor e comentarista.Pra começar o repórter faz aquelas perguntas que são cabíveis em um jogo oficial, tipo “o que o treinador pediu para você fazer”, “você acha que o adversário vai ser difícil” e essas coisas. Aí entra o narrador com aquele empolgação que nem ele mesmo tem quando o jogo é oficial. E por fim, aparece os comentaristas comentando  situações com a entrada de um veterano de mais de 50 anos no meio do segundo tempo “Fulano é um cara com bom toque de bola, chega bem de trás, foi artilheiro por onde jogou e era a substituição que o time precisava”. Ridículo, não?

Sabe porque isso acontece? Porque as TVs do Brasil são muito reféns do futebol. Elas não tem capacidade de fazer uma programação especial para cobrir esses dias que não tem jogo. E muitas vezes, quem paga o pato são os outros esportes, como o vôlei, que tem que fazer um calendário maluco, onde os times jogam quase que dia sim, dia não para cobrir esse espaço do futebol.

Lamento isso, pois desvaloriza os outros esportes, que só servem quando não tem futebol e desvaloriza os profissionais, que tem que fazer aquilo para garantir seu salário, mas ficam claramente constrangidos em participar dessas peladas de fim de ano.
Eu, como jornalista e espectador, acho que as TV deveriam investir em conteúdos melhores para essa época, como documentários, programas especiais e até em reprises de jogos marcantes do ano que passou e de jogos marcantes do passado (viram o sucesso que fez na internet as reprises do Flamengo e Liverpool e Internacional e Barcelona?). Sei que futebol é um vicio do caramba, mas, até peço desculpas pela comparação politicamente incorreta, fazer isso com o espectador é como dar um cigarro do Paraguai para um fumante ao invés de um Hollywood ou outras marcas mais populares para quem ta acostumado a fumar Marlboro ou outras marcas do tipo. A droga ele vai ter, mas que graça tem consumir algo de baixo nível?
domingo, dezembro 18, 2011 | 0 comentários | By: Luis Ventura

Uma aula de futebol




Olá galera,

A poucos minutos acabou o Mundial de Clubes da FIFA 2011. O placar foi 4 a 0 para o Barcelona. Não quero entrar no mérito de apontar qual foi o erro do Santos, se o Neymar e o Ganso amarelaram, se o Messi é o melhor do mundo e tal. O que eu quero dizer está no título.
Em todos os canais, zapeando durante a transmissão da final, eu vi os comentaristas e narradores falando “O Barcelona deu uma aula de Futebol”. E isso acontece em todos os jogos contra todos os times. E aí pergunta: Se o Barcelona dá aula, porque os outros times não aprendem com ele? 

FC Barcelona: Dando aula e arrebatando taças. A do mundial vai entrar em aonde na foto?

Não sei por que, mas é uma lógica que tem a sua verdade. Até eu caí nessa de pegar alguns exemplos para parar o Barcelona: Arsenal, Inter de Milão, Real Madrid, Milan e até o Getafe, mas não tem jeito, para parar o Barcelona, só jogando igual ao Barcelona.
E como o Barcelona joga?

Os pontos básicos são:
-Toque de bola: Não importa o que aconteça, não importa quem jogue o time pouco rifa a bola e vai tocando, nem que seja entre os zagueiros. E tem mais. Os homens do ataque não ficam estáticos, eles estão sempre se movimentando, no velho conceito da Laranja-Mecânica. Com a movimentação de todos a frente, fica mais fácil tocar a bola pois, sempre nessa troca de posições, o espaço aparece. É por esse jogo que, por exemplo, Ibrahimovic não deu certo no Barcelona.

-Marcação: Com a bola já sabemos o que Barcelona faz. E sem a bola? Sem a bola, os mesmos atacantes que se movimentam, fazem a marcação no toque de bola dos zagueiros adversários. Não chega a ser aquela marcação de pegada. É o simples fato de encurtar a distância. Ao invés de ficar a 10 metros, fica a 5. Se o marcador sentir que dá para apertar mais, ele aperta. E aí, com a defesa adversária acuada, é um-dois para o adversário errar um passe ou dar um chutão para frente e devolver a bola para o Barcelona.

-Filosofia de grupo: O Barcelona tem grandes craques, têm. Mas o segredo não é somente eles. A quanto tempo esse time do Barcelona joga junto? Desde 2008. Errado. Esse time joga junto desde quando se formaram na base do time. Dos 11 titulares, 9 foram formados lá. Assim jogando e treinando juntos há anos fica mais fácil trabalhar os conceitos destacados acima nos treinos. Por isso quando sobe mais um garoto, ele entra fácil no time. E por isso, que muitas vezes, alguns medalhões não dão certo lá. O Ronaldinho por exemplo. Quando ele começou a sair desse conceito de equipe, o Barcelona o dispensou e promoveu o Messi.  Agora os outros times podem formar jogadores muito bons para seus times, mas não formam uma filosofia. O Real Madrid pode contratar os melhores jogadores e técnicos do mundo com seu dinheiro todo, mas para não podem comprar uma filosofia.

Enfim, nós vamos a escola e a Universidade para aprender com os professores. Hoje o Barcelona é o professor do futebol mundial e quem quiser ganhar do Barcelona tem que fazer o que eles fazem.

O Getafe, o Arsenal, a Inter de Milão ganharam do Barça sem aplicar essas lições. Ganharam porque o futebol tem esse imponderável. Mas foram 10 em 200, 250 jogos. Portanto, depois do jogo de hoje eu concluo: O Barcelona 2008-2011 é um dos melhores times da história e para mim, para ganhar do Barcelona várias vezes, só jogando com eles.
quinta-feira, dezembro 15, 2011 | 0 comentários | By: Luis Ventura

O Brasil ficou perto de fazer história. Eu acho que não.




Há alguns dias eu postei uma prévia do Campeonato Mundial de Handebol. E eu não esperava que o Brasil pudesse ir até onde foi. E explico por que.

Como o Handebol  no Brasil tem uma divulgação irrisória se comparado com o futebol, até eu que estou diariamente fuçando a internet atrás de notícias e tudo mais, não tinha a real noção de como evoluiu o nível da nossa seleção. Acompanhei o Handebol no Pan, mas como os outros paises do continente são bem inferiores a nós, eu tinha a impressão de que o Pan não seria um parâmetro ideal.

O Mundial chegou e as meninas foram maravilhosas ao passar invictas por seis adversárias até as quartas de final. Eu, por exemplo, previa um retrospecto de  3v-2d na primeira fase.

Ontem assistindo a transmissão maravilhosa do Esporte Interativo, capitaneada pelo narrador André Henning, ouvia ele sempre dizendo “Estamos a X minutos de fazer história”. Hoje ao ver as noticiais que saíram nos sites de esportes, o destaque era “Brasil quase faz história”. Ao ler e ouvir essas frases fiquei com isso na cabeça e andei pensando após o resultado.

Não é uma critica a ele e sim uma reflexão: A derrota tirou a chance do Brasil fazer história no handebol? Eu respondo que não. Fale-me um jogo de handebol que levou o público que vimos todos esses dias no Ibirapuera? Eu vejo os jogos da Liga Nacional na ESPN Brasil e muitos jogos tem público de contar nos dedos.

Ibirapuera cheio para uma partida de Handebol: nunca tinha visto (Gabriel Inamine / Photo&Grafia)
 
Outra coisa, que até o André citou na transmissão, tinha gente que nem sabia que handebol existia. Para muitos handebol é a queimada ou algo do tipo. Agora muitos conhecem o que é um tiro de 7 metros, para que serve a linha tracejada da quadra e todas essas coisas.

Por fim, é de entrar para a história também o fato de ser o primeiro pais das Américas a receber o torneio e ser o melhor não europeu desse mundial, o que é um feito maravilhoso, se levarmos em conta que o esporta ainda sofre com a falta de patrocínios. Hoje só o Banco BVA e a Penalty são parceiras do esporte. Com esse apoio e com o repasse da Lei Piva, a CBHb vem realizando um ótimo trabalho (inclusive, se não me engano, a Confederação ajuda para que algumas meninas joguem em times da Europa e ganhem experiência). Então por conta disso, podemos dizer que o Handebol do Brasil fez sim história. Daqui 50 anos todos que forem pesquisar sobre o esporte verão esse grande feito do Brasil.

Agora o que falta é saber aproveitar o momento e angariar mídia e patrocínios por esporte, como tem conseguido o Rugby, a Natação, o Basquete e o Vôlei. O Brasil tem uma Liga bem organizada e uma seleção com potencial, mas a divulgação é fraca. Vimos por exemplo no Mundial, muitos jornalistas reclamando um site com poucas atualizações, com falta de informações e ainda um perfil no twitter que não se relaciona com a galera.

Eu até dou uma sugestão (inclusive não sei se eles já tiveram essa idéia): Porque não o Esporte Interativo transmitir a Liga Nacional de Handebol junto com a ESPN Brasil? Quanto mais exposição melhor. E também, a Liga poderia investir em criação de conteúdo como, por exemplo, uma revista, no estilo da que eu fiz, para divulgar o Campeonato e a modalidade e aproveitar, como estou fazendo, as redes sociais para divulgar. Inclusive se precisarem de ajuda, estou a disposição para criar o conteúdo e fazer esse trabalho.

Propagandas a parte, parabéns a seleção que fez história e esperamos que o masculino acompanhe o crescimento e essa conquista não seja um “sonho de verão”.

Valeu Deonisia, valeu meninas! (Gabriel Inamine / Photo&Grafia)

quinta-feira, dezembro 08, 2011 | 6 comentários | By: Luis Ventura

Guia da Superliga 2011/2012






É com um enorme prazer que divulgo a todos a mais nova produção do +Esporte.

Trata-se do Guia da Superliga de Vôlei 2011/2012. Pela primeira vez, a maior competição de vôlei do país tem uma publicação dedicada ao evento.
No Guia você poderá conferir as seguintes informações:
 
-História da SL: Tudo sobre as 17 edições da competição, com o resumo de cada temporada e uma tabela com a relação de todos os participantes da história e suas respectivas colocações.
-Edição 10/11: Relembre as emoções da temporada passada. Das polêmicas ao drama das semifinais e a vibração de Unilever e Sesi pelas conquistas.
-Edição 11/12: Perfil das 24 equipes em páginas duplas. Informações completas: Apresentação, Patrocinadores, Ginásios, Gráfico do histórico de participações, Vai-e-Vém dos jogadores, Elenco completo, Comissão Técnica, Formação e os destaques de cada time.
-Superliga B e Liga Nacional: as competições que valem vaga para a SL 12/13 não podem ficar de fora e chegam com uma apresentação especial.
-Ídolos: Os principais jogadores e técnicos tem seus perfis destacados em duplas para lá de espetaculares. Ricardinho e Fernanda Venturini, Murilo e Jaqueline, Giba e Sheilla, Bernardinho e Giovane entre outros formam esse time de estrelas.
-Seleção Brasileira: Um resumo do que a nossa seleção conquistou em 2011.
 
Acompanha tabela completa para você poder acompanhar ponto a ponto a competição.

São 80 páginas sobre a maior competição do melhor voleibol do mundo.
 
Finalmente, gostaria de agradecer a todos que colaboraram diretamente e indiretamente com o guia, através de informações a nós enviada diretamente ou em informações disponibilizadas em seus respectivos sites.
 
Aproveite esse guia, foi feito especialmente para você.








Fontes para pesquisas:
Sites:
Confederação Brasileira de Voleibol - www.cbv.com.br
Melhor do Vôlei - www.melhordovolei.com.br
Universo do Vôlei - www.universodovolei.blogsport.com
Espaço do Vôlei - www.espacodovolei.blogspot.com
Saque Viagem - www.saqueviagem.com.br
sábado, dezembro 03, 2011 | 0 comentários | By: Luis Ventura

Minhas Narrações: Euroleague 11/12 - EA7 Milano x Real Madrid

UEFA Europa League - Vaslui x Lazio

Abaixo o vídeo do duelo Vaslui e Lazio pela Liga Europa. Confesso que não fiz minha melhor narração.Apesar de fazer ao vivo, durante o jogo resolvi passar algmas informações que não tinha em mãos (como os classificados para a Eurocopa) e dancei legal pela falta de internet.

Mas ao mesmo tempo que narrava, ouvia o grande Paulo Soares e aprendi muito com ele nesse jogo. Confira abaixo o jogo, que foi horrível e cntribuiu para a narração ser do mesmo nível. Imagesns capturadas da transmissão da ESPN Brasil, com narração original de Paulo Soares e comentários de Gian Oddi.

sexta-feira, dezembro 02, 2011 | 0 comentários | By: Luis Ventura

A divisão do Pará

Ontem ao assistir o telejornal, vi uma reportagem sobre os prós e contras da proposta de divisão do estado do Pará. Alguns argumentos são legítimos e outros papo furado, mas eu não tenho esse blog para falar de política.

O que eu quero comentar é como ficará o futebol paraense com a divisão do estado?

Bem, atualmente o futebol paraense já não é tão soberano a Paysandu e Remo, muito menos a Tuna Luso aparece como um estraga prazeres. Hoje novos times dividem essa hegemonia, como o Águia de Marabá, o São Raimundo de Santarém e o atual campeão, o Independente de Tucuruí.

O equilíbrio ficou mais evidente com o enfraquecimento dos dois grandes. Recentemente, em 2000, o Remo disputava uma das oitavas de final da Copa João Havelange e o Paysandu em 2003 estava na Libertadores. Hoje os dois tem que ralar muito caso queiram se campeões ou vice para ir à Série D (Remo) e a Copa do Brasil (ambos).

Re-Pa: Os dois, que já viveram dias melhores, podem se dar bem com a divisão do estado. Foto:soupapao.com.br
 
Agora, com essa proposta de divisão do estado do Pará, a tendência é a coisa voltar a melhorar para ambos e piorar para os pequenos. E explico por que?

Neste ano, 14 clubes disputaram a divisão principal dividida em duas fases. Dos 14 times, a divisão com a proposta dos novos estados ficaria:

-       Estado do Pará: Paysandu, Remo, Tuna Luso, Time Negra, Sport Belém, Ananindeua, Cametá Abaeté, Castanhal e Santa Rosa
-       Estado de Tapajós: São Raimundo
-       Estado do Carajás: Águia de Marabá. Independente e Parauapebas

E o que aconteceria: Os principais rivais de Remo e Paysandu ficariam nos novos estados, ou seja, ficariam soberanos novamente. E os rivais? Ficariam em campeonatos precários e começariam a correr risco de perderem seus investimentos e fecharem as portas. Apesar de terem, na teoria, a vaga garantida pelos novos estados na Copa do Brasil e na Série D.

Só que como nada se comenta, mesmo com a formação dos novos estados, acho que na pratica nada vai mudar, pois eles, mesmo estando em outros estados podem se manter filiados a federação do Pará, assim como ocorre com o Luziânia, que é de Goiás, mas como está mais próximo de Brasília do que de Goiânia, joga no DF. E tem a Austrália, que por conta do nível técnico, joga na Ásia e não na Oceania (argumento que deve ser utilizado pelos clubes do Pará).

Porém, em caso de divisão do estado, independente da escolha dos clubes ou não, a federação estadual pode ser criada e assim novo clubes das regiões poderão disputar vagas para a Copa do Brasil e a Série D.

Eu sinceramente sou contra a divisão do estado, tanto politicamente quanto futebolisticamente. Eu sou do ideal que a união faz a força. E nesse caso temos o exemplo do Rio de Janeiro, que depois que unificou com a Guanabara, fortaleceu bastante os clubes do interior. Porém temos os casos do Tocantins e Mato Grosso do Sul, que tem seus estaduais com boa disputa, mas que sofre com o nível técnico. Se dividir os clubes também, a tendência é tanto Carajás quanto Tapajós viraram uma nova Rondônia, Roraima e Acre, acabando com o futebol profissional da região.
quinta-feira, dezembro 01, 2011 | 0 comentários | By: Luis Ventura

Especial Mundial de Handebol Feminino Brasil 2011

Olá Galera,

Abri minha agenda em dezembro e olha que evento especial teremos a partir dessa sexta dia 2.

Entre 02 e 18 de Dezembro, o Brasil irá receber a 20ª edição do Campeonato Mundial de Handebol e as 24 principais seleções do mundo estarão no estado de São Paulo disputando o evento. Esta é apenas a terceira vez que o torneio não se realiza na Europa.

A princípio os jogos seriam realizados no estado de Santa Catarina, mas os estragos causados pelas chuvas no começo do ano fizeram com que os planos fossem alterados. São Paulo, Barueri, São Bernardo e Santos serão as cidades sedes. Os jogos acontecerão nos ginásios do Ibirapuera, José Corrêa, Adib Moyses Dib e Arena Santos.

A competição apresenta o seguinte formato de disputa. As 24 equipes estão divididas em quatro grupos de 6 seleções. No Grupo A, em Santos jogam Noruega, Montenegro, Angola, Alemanha, China e Islândia. No B, em Barueri, estão Rússia, Cazaquistão, Holanda, Coréia do Sul, Espanha e Austrália..
O Brasil aparece no Grupo C, em São Paulo, com Romênia França, Tunísia, Cuba e Japão. E encerrando, o Grupo D, em São Bernardo tem Suécia, Dinamarca, Croácioa, Argentina, Costa do Marfim e Uruguai.

Apos se enfrentarem dentro do grupo, irão se classificar os quatro primeiros de cada chave para as oitavas de final. A partir daí, os jogos são em eliminatórias simples até a definição do campeão.

Até hoje o Brasil participou de 8 edições e conquistou seu melhor posto em 2007 na Espanha, quando terminou em 7º.

A Rússia é a atual tricampeã (2005, 2007 e 2009) e também a que mais vezes venceu na história, com 7 conquistas, sendo três como União Soviética. A Alemanha tem quatro títulos, enquanto Hungria, Iugoslávia, Noruega, Dinamarca, França, Romênia, República Checa e Coréia do Sul tem uma conquista cada.

Expectativa para a competição: Sobre a competição.

Como já é tradicional no handebol, as equipes nórdicas pintam como as principais equipes da modalidade e no caso do feminino, Alemanha e Rússia se incluem no grupo.
Atual tricampeã, a Rússia é o time a ser batido. Terá um grupo fácil na primeira fase, onde a Coréia do Sul deverá lhe incomodar mais.
Atuais campeãs Olímpicas e tetra européias, a Noruega é a principal candidata a quebrar a hegemonia Russa.  Já classificada para Londres 2012, o técnico Thorir Hergeirsson destaca o torneio como uma preparação para o torneio olímpico. “Nós queremos lutar por uma medalha. É claro que o desenvolvimento da equipe, também tendo em vista dos Jogos Olímpicos, tem prioridade. Vamos ver no Mundial, mas temos menos pressão do que as outras equipes. Uma coisa é clara: o Brasil é um passo importante no caminho para Londres.” (entrevista ao site da Confederação Brasileira de Handebol).

Correndo por fora, a França pinta como a terceira força do torneio.Aliás, as francesas serão adversárias do Brasil na primeira fase. Se o Brasil mostrar o que mostrou no Pan, não deverá ter dificuldades de avançar para as oitavas de final. No papel, a seleção atrás apenas de Romênia e França e um pouco a frente de Cuba, Japão e Tunísia. "Vamos manter o grupo que deu certo no Pan. Jogamos com três defensoras, e a Alessandra, que é forte e tem uma forma física boa, vai contribuir com esse sistema que estamos utilizando", disse o dinamarquês Morten Soubak, técnico da seleção (para o site oficial da competição).

Seleção Feminina de Handebol. Crédito:Cinara Piccolo/Photo&Grafia
 A lista de jogadoras são: Goleiras: Chana Masson (Randers, da Dinamarca) e Bárbara Elisabeth Arenhart, a Babi (Hypo, da Áustria)
Pontas: Alexandra Priscila do Nascimento (Hypo), Jéssica da Silva Quintino (A.D. Blumenau), Fernanda França da Silva (Hypo) e Samira Pereira da Silva Rocha (Hypo);
Armadoras: Mayara Fier de Moura (Mios Bigamos, da França), Ana Paula Rodrigues (Hypo), Francine Camila de Moraes (Hypo), Deonise Fachinello Cavaleiro (Itxaco, da Espanha), Eduarda Idalina Amorim, a Duda (Gyor, da Hungria), Silvia Helena Pinheiro (Hypo) e Moniky Karla Novais Bancilon (Metodista/São Bernardo);
Pivôs: Daniela Piedade, a Dani (Hypo); Fabiana Diniz, a Dara (Bera-Bera, da Espanha) e Alessandra Medeiros (ADC Santo André).

Para finalizar, a competição contará com a aplicação de novas regras da IHF, que aumenta de 14 para 16 o numero de atletas relacionadas por partida e o aumento de 2 para 3 o numero de tempos técnico por jogo, desde que obedecendo algumas situações, como dois tempos no máximo por período e um tempo nos últimos 5 minutos da partida. O intervalo aumenta de 10 para 15 minutos.

A crise Italiana


Olá galera do + Esporte. Hoje é pro pessoal que curte basquete.

A NBA vai voltar no Natal (presente do Papai Noel), mas mesmo com o retorno dos americanos, a Euroliga segue chamando as atenções dos amantes da bola laranja.

Entramos em Dezembro e a fase regular vai chegando ao final. Nesta semana temos a sétima rodada e apos, restarão apenas 3.

O destaque fica para os invictos CSKA Moscou e Barcelona. Como jogou ontem, os russos tem 7 vitórias e os espanhóis podem igualar hoje. Se vencerem o Asseco Prokom, assim como os russos, se classificam para o Top 16. Outro time classificado é o atual campeão Panathinaikos, que no mesmo grupo do CSKA tem 5 vitórias e duas derrotas.

Nas outras chaves, alguns times vão encaminhando bem sua vaga, como o Caja Laboral (Grupo A), Maccabi Tel-Aviv e Real Madrid (Grupo C) e Montepaschi Siena (Grupo D). O resto está muito embolado.

E como sempre, temos uma decepção. E ela se chama EA7 Milano. O tradicional clube italiano, bancado pela marca Empório Armani, montou um timaço no papel para desbancar o Montepaschi, atual pentacampeão, no italiano e voltar a levantar o titulo europeu (3 títulos, sendo o último em 1988). Trouxe Omar Cook, Malik Hairston, Antonis Fotsis, Ioannis Bourousis e mais Danilo Gallinari (por conta do locaute da NBA) e Stefano Mancinelli. Na pratica...

Na pratica o time ainda não engrenou. Na Euroliga tem uma media de 73.8 pontos por jogo (media boa), mas é um dos piores num dos principais fundamentos, o rebote. Para completar deu o azar de cair num grupo da Morte. Na Euroliga, nesta fase, cada grupo tem 6 equipes e 4 se classificam. Maccabi, Real Madrid, Istambul, Partizan e Milano são as forças e os italiano vem em quinto, com 4 derrotas e 2 vitórias.

EA7 Milano: Ótimo no papel, ruim na quadra. Foto: www.umita.it

Mais uma vez fica provado que um ótimo time não se forma só contratando jogadores. Requer muito treino, trabalho, entrosamento e filosofia de jogo, tudo o que falta ao time. Mas dá tempo de se recuperar e buscar a classificação. Hoje eles enfrentam o Real Madrid em casa e vencendo podem entrar entre os quatro primeiros.
Não sei se terá transmissão ao vivo para o Brasil, mas você pode acompanhar esse jogo em meu blog a partir de sábado, quando deverei estar disponibilizando a minha narração.