quarta-feira, abril 27, 2011 | 0 comentários | By: Luis Ventura

Uma partida para mudar certos conceitos.

Terminou a pouco o terceiro duelo entre Real Madrid e Barcelona nesses últimos 15 dias e o primeiro pelas semifinais da Liga dos Campeões. Quem assistiu à partida não deve ter dúvidas de quem jogou melhor e mereceu a vitória. Agora só não sei se muitos tiveram a mesma impressão que tive sobre certos conceitos tão mitificados que reúnem alguns personagens de Real Madrid e Barcelona.

O primeiro deles trata-se do senhor José Mourinho. Ele realmente é o melhor técnico do mundo? Para mim um técnico que tem os jogadores que tem no Real e mesmo assim tem medo de bater de frente com um adversário não pode ser o melhor do mundo. E por mais que insistam com a tese, o Real Madrid não mostra respeito pelo Barça. Somente medo.

Quem é o melhor? O português ou o espanhol?

O segundo deles é sobre o Messi. Ele é o melhor jogador do mundo? No momento é, porém não exagerem ao falarem que ele é melhor que Maradona (falta para isso brilhar na seleção). Ele é o melhor pois rende o mesmo em qualquer posição do ataque do Barça, seja pela direita, pela esquerda ou pelo meio. Messi é técnico, artilheiro e magistral. E mostra isso seja contra o Almeria, seja contra o Real Madrid. Já Cristiano Ronaldo também é ótimo, mas só tecnicamente. Não rende a mesma coisa em outras posições do campo, seus gols são mais por conta da força de seu chute e não é magistral quando precisa ser, como hoje.

Messi faz a diferença. Grande novidade...

Por fim o grande mito. O Barcelona é invencível? Qual o segredo deles? Invencível não é. Arsenal , Real Madrid e Hércules já mostraram que o Barça pode ser derrotado. O segredo está em jogar da sua forma sempre. Arsenal e Hércules ganharam jogando o que estavam acostumados. Já o Real Madrid pena pois joga de uma maneira diferente da habitual e para que isso funcione demanda tempo. A questão da posse de bola é secundária. O problema não é o Barcelona tocar a bola e sim o que eles fazem com a bola. Eles começam como quem não quer nada e em poucos segundos, com aquele toque morno lateralmente, já avançaram quase 70 metros no campo. E aí depois que avançam esses 70 metros, os outros 30 geralmente ficam por conta do Messi.

Ainda tem muita coisa para falar, como por exemplo, questionar se o Pepe é um zagueiro de alto nível, porque nenhum atacante-artilheiro se firmou no Barcelona e etc., mas fica para um outro papo, talvez semana que vem, pois tenho certeza que o duelo já era e que dia 28 de maio veremos Manchester United e Barcelona em Londres na grande final.

O jogo em fotos

Barça comemora em pleno Santiago Bernabéu. 2 a 0 e um pé em Londres.

Mourinho foi expulso e mesmo assim deu um jeitnho de ficar a beira do campo.

Cristiano Ronaldo se esforçou, mas não deu para ele nem para o Real Madrid.

Mesmo de fora, o goleiro reserva do Barcelona José Pinto arruma confusão. Acabou expulso.

Falta algo na cabeça dele... e não é só cabelo não. Mas uma vez Pepe perde as estribeiras e recebe cartão vermelho. Cada vez mais aumenta sua fame de cabeça de bagre.

Fotos: globoesporte.com
terça-feira, abril 26, 2011 | 0 comentários | By: Luis Ventura

O maior clássico do mundo

Qual é o maior clássico do planeta? Essa discussão é muito ferrenha. Mas ferrenha do que o que é melhor: Socialismo ou Capitalismo? Pelé ou Maradona? Christina Aguilera ou Britney Spears? etc...
Cada um vai tentar puxar o tapete para o seu lado. Tem gente que se apega a questões históricas, outros a religião, questões geográficas e até questões pessoais.
Nesses dia estamos vivendo uma overdose de Real Madrid e Barcelona e sempre escuto "Esse é o maior clássico do mundo!". Só que vai tentar convencer os gaúchos disso (Grenal), os Mineiros (Atlético x Cruzeiro), os baianos (BaVi), os escoceses (Rangers e Celtic), os Milanistas (Inter x Milan), os sérvios (Partizan x Estrela Vermelha) etc...



Esse realmente é o maior clássico do mundo?

Para mim não há o maior clássico do planeta. E não é só o futebol que pode proporcionar esses duelos. Monte Sírio x Hebraica no basquete não é um clássico? Mclaren x Willians na F1 também? E a lista segue com Rio de Janeiro e Osasco no vôlei, Minas x Pinheiros na natação e por aí vai.
O mais importante em tudo isso é saber valorizar o seu clássico e respeitar os outros. Pois com todos seguindo o mesmo caminho, quem sai ganhando sempre é o esporte e o torcedor.

3 toques

Vôlei

Amigo, que final foi aquela da Superliga Masculina. Ginásio lotado, galera empolgada, atletas jogando muito... Para mim o título merecidamente foi para o SESI. O melhor time de todas as fases. Ano que vem promete ser melhor ainda com o ex-patrocinador do Pinheiros e Cimed se unindo e o milionário Eike Batista montando um supertime no Rio de Janeiro.
Sábado agora tem o feminino. Não foi tão equilibrada como o masculino, mas a final promete ser show. Agora é a revange. Em 2009 o Unilever foi campeão em jogo único no Rio. Em 2010, o Osasco levou em São Paulo. E agora em BH, quem leva? Eu acho que a Sheilla garante esse título pro Rio.

Futebol

Agora começa para valer a temporada 2011. Fases agudas do mata mata da Libertadores e da Copa do Brasil + Estaduais nos últimos momentos. Logo começa o Brasileirão e vamô que vamô. Tem gente feliz com o que seu time fez até agora e outros decepcionados. Mas tudo até agora foi ilusão. Será agora que vamos ver quem são os bons. Não adianta meter 8 no América da esquina e perder logo de cara na Libertadores. Ou ser campeão estadual invicto e lutar contra o rebaixamento no Brasileirão.
É claro que Cruzeiro e Coritiba dão indicios de uma boa temporada. Mas Flamengo, Palmeiras, São Paulo, Grêmio, Inter são times que estão conseguindo os resultados mas deixam dúvidas sobre o futuro. Análise para valer só depois da janela de transferências de Agosto.

Tênis

Djokovic começou o ano bem e ainda segue invicto. Só que uma contusão o afastou de um Masters 1000 (Monte Carlo). Nadal que já sofria com a ameaça do Sérvio de lhe tomar a posição n°1, agora entra num trecho da temporada totalmente favorável, mas que pode ser traiçoeiro. a temporada do saibro. Sabemos que Nadal é o melhor nesse tipo de piso, mas o problema é justo esse. Por ser o melhor, elefoi campeão de quase todos os torneios desse piso e portanto precisa defender esses pontos. Ou seja, um vacilo e uma inesperada derrota em algum desses campeonatos pode significar pontos a menos e aproximar Djokivic do topo do ranking.
segunda-feira, abril 18, 2011 | 0 comentários | By: Luis Ventura

Parece que ficou melhor

Quando a FIA divulgou o pacote de mudanças para a Fórmula 1 2011, todos ficaram com o pé atrás e uma dúvida se daria certo ou não. Após três corridas, já podemos dar uma opinião inicial sobre as mudanças.

Tivemos 3 GPs em circuitos de caracteristicas diferentes.Um em circuito de rua (Austrália), outro em um asfalto de alta temperatura (Malásia) e outro em uma pista menos calor, ms com muita sujeira (China). E nas três tivemos corridas muito disputadas. A primeira teve uma vitória tranquila de Vettel, mas pudemos ver o equilibrio entre os demais. Na Malásia, Vettel também ganhou, mas com apenas 3 segundos para o segundo lugar. E agora na China, Hamilton venceu travando uma disputa de posições com Vettel à cinco voltas do fim. Mas o que levou a esse maior equilibrio entre as equipes?

São dois fatores principais e um secundário. O secundário é o KERS. Todos tem e podm usar quando quiser, porém alguns tem essa engrenagem mais desenvolvida que outros e segundo declarações dos próprios pilotos da equipe, a RBR ainda está bem atrás das demais no quesito KERS.

Sobre os fatores principais, destaques para s pneus Pirelli e a asa móvel. Primeiro sobre os pneus, não que a Pirelli faça pneus de péssima categoria, mas por ter ficado mais de 20 anos longe da categoria e pela limitação dos testes, ainda encontra dificuldades para dominar essa tecnologia. Porém, isso está surtindo um efeito legal pois a preocupação com os pneus é enorme e também é evidente a diferença de rendimento de um mesmo composto em poucas voltas. Assim, o piloto que tiver a melhor estratégia e aproveitar melhor seus pneus pode se dar bem, com Webber que largou em 17º e terminou em terceiro.



A asa móvel foi uma grande invenção dos dirigentes. Antes o que acontecia? O carro chegava, encostava a trás e só passava se fosse muito superior. Caso contrário, ficava a corrida inteira ali atrás. Agora não, ele chega, abre a asa e passa. Se o carro tiver bom, ele vai embora, senão fica com o outro na cola e dá a chance na volta seguinte de o adversário tentar a ultrapassagem. É promessa de show a corrida inteira.




O problema é que todos seguem em desenvolvimento e pode logo logo uma equipe descobrir como utilizar melhor os pneus, a asa móvel e o KERS. E se isso acontecer, acaba a graça de novo.
quinta-feira, abril 14, 2011 | 0 comentários | By: Luis Ventura

Palmeiras perde dois pênaltis, acerta nos rebotes e fica a um passo da próxima fase na Copa do Brasil.

Kléber desperdiça as duas cobranças, mas faz dois gols nos rebotes. Gol no final ainda dá esperanças ao Santo André.

Se o fato de enfrentar um time já rebaixado poderia ser sinal de vitória tranqüila para o Palmeiras, o jogo dessa quarta-feira no estádio Bruno José Daniel em Santo André não mostrou tudo o que se esperava. A vitória por 2 a 1 deixou o Verdão a um empate das quartas de final e deixou claro que o time ainda precisa melhorar para a sequência da temporada.

A partida começou truncada por causa do péssimo estado do gramado, só que logo o Palmeiras se impôs e começou a chegar próximo ao gol adversário principalmente a partir das jogadas pelas laterais. O primeiro gol passou a ser questão de tempo e saiu aos 22 minutos, após tentativa individual de Kléber e pênalti cometido por Marcelo Godri. Na cobrança o atacante palmeirense bateu a meia altura no canto direito do goleiro Neneca, que fez a defesa, só que atento o Gladiador aproveitou o rebote para abrir o placar.

Logo no início do segundo tempo, o árbitro Guilherme Cereta de Lima foi obrigado a paralisar o jogo pois um forte gás vindo do lado de fora do estádio, segundo informou o comandante da polícia, atingiu os torcedores e os jogadores, causando irritação nos olhos e dificuldade na respiração. Após o reinício, o Palmeiras voltou ao mesmo ritmo e comando pelo chileno Valdívia, que teve uma boa atuação, voltou a pressionar o Ramalhão.

O segundo gol saiu aos 24 minutos. Luan foi lançado por Valdívia no lado esquerdo do ataque, entrou na área e foi derrubado. Na cobrança, Kléber bateu como na primeira vez e Neneca espalmou para escanteio. Na cobrança, Thiago Heleno desviou na primeira trave, o goleiro do Santo André deu rebote e Kléber completou fazendo 2 a 0.

A partir daí o Palmeiras já administrava aguardando o fim do jogo. O técnico Luiz Felipe Scolari promoveu a estréia do atacante Wellington Paulista já nos minutos finais. Aos 43 minutos, uma desatenção da defesa custou o gol do Santo André. Aloísio cobrou uma falta na intermediária e o zagueiro Anderson, ex-Corinthians desviou para diminuir. Foi o nono gol sofrido pelo Palmeiras em jogos oficiais nessa temporada. O time segue com a melhor defesa do país.

Nos acréscimos o Santo André teve o zagueiro Vitor Hugo expulso por carrinho em Danilo. Com esse resultado, o Palmeiras por perder por 1 a 0 no jogo de volta, dia 21 no Pacaembu, que avança às quartas-de-final. Para o Ramalhão, só interessa uma vitória por 2 a 0 ou por um gol de diferença desde que marque 3 gols ou mais.

FICHA TÉCNICA
SANTO ANDRÉ 1 X 2 PALMEIRAS

Local:
Estádio Bruno José Daniel, em Santo André (SP)
Data: 13 de abril de 2011, quarta-feira
Horário: 21h50 (de Brasília)
Árbitro: Guilherme Cereta de Lima (SP)
Assistentes: Emerson Augusto de Carvalho (Fifa-SP) e Márcio Luiz Augusto (SP)

Cartões amarelos: Magno, Marcelo Godri, Alex, Denis, Sandoval e Borebi (Santo André);
Cartão Vermelho: Vitor Hugo (Santo André)

Gols: PALMEIRAS - Kleber, aos 22 minutos do primeiro tempo, e aos 25 minutos do segundo tempo
SANTO ANDRÉ - Anderson, aos 44 minutos do segundo tempo

SANTO ANDRÉ: Neneca; Marcelo Godri, Anderson e Sandoval; Alex, Walax, Aloísio, Magno (Vitor Hugo) e Denis (Juan Felipe); Richely e Igor (Borebi)
Técnico: Sandro Gaúcho

PALMEIRAS: Deola; Cicinho, Danilo, Thiago Heleno e Rivaldo; Márcio Araújo, Marcos Assunção (Chico), Tinga e Valdívia (Wellington Paulista); Luan e Kleber (João Vitor)
Técnico: Luiz Felipe Scolari

quarta-feira, abril 13, 2011 | 0 comentários | By: Luis Ventura

Da alegria para a tristeza em pouco minutos

A expectativa por uma grande partida se torna angústia por notícias após acidente com ônibus do Vôlei Futuro em Osasco.

Estava tudo pronto para ser um grande dia. Torcida chegando animada. Pessoal de TV preparando tudo para uma transmissão perfeita, mas havia uma única coisa errada. Nas placas de publicidade em torno da quadra havia um espaço a ser preenchido, o espaço destinado à propaganda dos patrocinadores do Vôlei Futuro.

O tempo foi passando, a torcida chegando mesmo com o dilúvio que caiu no início da noite em Osasco e nada daquele espaço nas placas ser preenchido. A cerca de uma hora do início do jogo a expectativa aumentava já que se aproximava a hora das meninas entrarem em quadra e iniciarem o aquecimento. Porém quem entra em ação é um dos torcedores do Vôlei Futuro com a notícia que ninguém queria ouvir. O ônibus do time tinha tombado na rua de trás do ginásio, as jogadoras estavam machucadas e a partida cancelada.

Ônibus do Vôlei Futuro tombou a poucos metros do ginásio José Libertatti, em Osasco. Foto: Fábio Rubinato/Ag. Estado

Agonia começou a tomar conta dos torcedores do time de Araçatuba. Pessoas choravam, outras estavam pasmas e muita gente em busca de informação. Para alívio de todos, as notícias que chegavam não eram tão preocupantes e aos poucos todos foram se acalmando. Somente o clima de alegria que não daria mais as caras naquela noite.

O acidente ocorreu por volta das 19:30, quando a delegação chegava ao ginásio. Segundo relatos de quem estava no ônibus e de pessoas que acompanhavam logo atrás, o veículo ao acessar a rua que serve de acesso ao ginásio acabou batendo na mureta do viaduto ao lado e tombou para a direita. O atendimento foi rápido já que o local está há 400 m do ginásio e há 500m do Hospital Regional de Osasco e logo atrás do ônibus do time, vinham mais pessoas que se dirigiam para o ginásio trabalhar na partida. Várias atletas e integrantes da comissão técnica tiveram ferimentos, principalmente nos braços e pernas. A situação mais preocupante foi a da líbero americana Stacy Sykora, que com o impacto bateu a cabeça e teve um corte na testa. A jogadora ficou desacordada e entrou em estado de choque. Por precaução, apesar dos médicos afirmarem que está tudo bem, a atleta foi sedada e transferida para o hospital Sírio Libanês para realizar mais exames.

Após serem liberadas pelo hospital, algumas jogadoras deram entrevistas. A central Fabiana chegou a temer o pior. Por causa da chuva forte, o ônibus tombou em uma poça, bem onde estava a jogadora da seleção brasileira. “Eu estava do lado do ônibus que virou e senti todo mundo caindo em cima de mim. Fiquei presa na água, desesperada. Só pedia “Deus, não me deixa morrer afogada”. Depois, senti alguém me puxar.”

Várias jogadoras estavam visivelmente chocadas, como a oposta Neneca. Foto:Fábio Rubinato/Ag. Estado

Já o técnico do time William Carvalho, que não teve nenhum ferimento, ainda procurava entender o que aconteceu. “Foi um susto. Eu não sei o que aconteceu. A impressão que eu tive foi que a gente caiu do viaduto no começo porque não tinha como o ônibus capotar ali. Chovia muito e para sair do ônibus foi muito difícil. Ficou uma lateral do ônibus toda no chão, então tivemos de sair por cima.”

O técnico também demonstrou a preocupação de todos com a líbero Stacy Sykora. “Ela desmaiou. A pessoa desmaia e você não sabe se ela bateu a cabeça. Estamos esperando informação do nosso pessoal de apoio, que está no hospital. Mas ela não tinha escoriações, não tinha sangue. A Fabi e a Joycinha choravam muito por causa da Stacy. Ela é uma pessoa muito querida, é a única que não tem família aqui”.

Stacy Sykora foi transferida para hospital em São Paulo para maiores exames. Foto:Carolina Elustondo / GLOBOESPORTE.COM

Nessa quarta-feira deverá haver uma reunião entre os dirigentes das equipes do Vôlei Futuro e Osasco com a CBV para definir uma nova data para a realização da partida.

segunda-feira, abril 11, 2011 | 1 comentários | By: Luis Ventura

Um único assunto: Torcer

Nos últimos post eu tenho falado de vários esportes de uma só vez. Mas hoje vou mudar e não mudar ao mesmo tempo. Falarei de vários esportes mas sobre um único aspecto.

***

Eu tenho apenas 24 anos e cresci assistindo o "esporte bussiness", que transformou a disputa esportiva num espetáculo milionário, onde o dinheiro manda e, clubes e atletas, fazem de tudo para chegar a glória, até mesmo jogar sujo.

Eu tenho apenas 24 anos e cresci assistindo também as histórias protagonizadas por gênios do esporte como Michael Jordan, Ayrton Senna, Pelé, Mohammed Ali, Abebe Bekila, Jesse Owens, Mark Spitz e Nadia Comaneci, no tempo em que o esporte era clássico, lindo e honesto.



Eu tenho apenas 24 anos e hoje chorei mais uma vez com o esporte. Chorei ao assistir na televisão uma matéria sobre o duelo entre Monica Selles e Martina Navratilova. Martina (vencedora de 18 Torneios Grand Slams, ganhando em todos os 4) já estava em fim de carreira, jogando apenas em duplas e resolveu voltar a jogar simples. Monica (venceu 9 Grand Slams em três dos quatro), havia sofrido um atentado em plena quadra dois anos antes e estava retornando ao circuito.

Me emocionei ao ver essa cena:



Incrivel ver o carinho do público com essas duas tenistas. Foi de tocar o coração. E é disso que sinto falta hoje. Desse carinho do público com os atletas. Do carinho dos atletas com o público. De um esporte mais verdadeiro.

Para encerrar, deixo com vocês as voltas finais do GP de Mônaco de 1992. Disputa acirrada de Senna e Mansell e perceba nos minutos 5:18, 6:41, 8:09 e 9:34 a alegria dos torcedores ao lado da pista ao presenciar um dos maiores momentos do automobilismo mundial. Eu me arrepio não só com a corrida, mas ao ver essa demonstração espontânea do torcedor.




E torcer é isso. É ser verdadeiro e se identificar com seu atleta e seu time por isso. Torcer não combina com você ir ao jogo para xingar o atleta de bicha, como fez a torcida organizada do Cruzeiro. Torcer não combina com você ir ao estádio para brigar e matar.

Torcer é um sentimento tão bonito que não podemos deixar que poucos manchem essa emoção.

terça-feira, abril 05, 2011 | 0 comentários | By: Luis Ventura

Especialização: ajuda ou atrapalha?

Há 5 meses, todos os dias eu procuro oportunidades dentro da área que escolhi (comunicação) e envio um currículo. Nele estão todas as minhas informações e dois dados destacáveis: curso de locução esportiva no SENAC e o meu blog www.luismaisesporte.blogspot.com

As vagas são para diversas áreas desde para jornalistas até assessoria de imprensa. Os setores variam também desde comunicação coorporativa até cultura.

Até hoje só uma empresa me chamou para entrevista e nessa entrevista a grande pergunta foi o que esse meu lado esportivo poderia ajudar em uma outra editoria ou área.

Não sei se é impressão minha, mas acho que a minha preferência pelo esporte atrapalha a minha alocação no mercado de trabalho. Eu indico meu blog porque é o único lugar que tem textos meus que podem ser de análise para os selecionadores. O curso de locução esportiva aparece no meu currículo porque é um dos cursos de aperfeiçoação que fiz.

É claro que desejo integrar uma editoria de esportes, mas eu posso fazer parte e aprender nas demais editorias e áreas.

Para assessoria de imprensa, por exemplo, saber um pouco de futebol é muito importante, principalmente no que diz gerenciar uma crise ou organizar um evento, coisas corriqueiras do esporte.

Sabe pessoal, eu fico muito triste com isso. Enquanto estou aqui esquentando a bunda na cadeira, poderia estar sendo útil, ajudando as pessoas, aprendendo, ou seja, estar trabalhando.

Ao mesmo tempo que fico feliz por ver meus colegas na área, fico com inveja pois queria estar ali também.

O que será que tá faltando para mim? Será que é porquê eu não tenho bons contatos e QI? Será que é porque eu gosto de esportes e muita gente acha que jornalismo esportivo é para jornalista vagabundo e desleixado? Ou será que é (não gostaria de usar essa palavra) preconceito por eu morar numa cidade considerada subúrbio, ter me formado numa faculdade popular e por gostar de esportes?
segunda-feira, abril 04, 2011 | 0 comentários | By: Luis Ventura

O lado bom e o lado ruim do fim de semana.

Fim de semana é sempre uma coisa boa. É o período da semana que mais aguardamos. Mas de vez em quando acontecem aquelas coisas chatas nesses dias. No esporte é igual. O fim de semana são geralmente os dias que tem a maior variedade de eventos esportivos, porém também acontecem coisas desagradáveis.

Nesse fim de semana, o fato lamentável foi a morte do piloto Gustavo Sonderman em evento preliminar da Stock Car. Foi uma fatalidade, mas precisa ser investigada para saber quais as causas do acidente e realizar as prevenções. Não vou entrar em maiores detalhes primeiro porque todo mundo fala que entende de carros, mas muitos não sabem nada; e segundo porque precisamos aguardar a apuração das causas.

Deixando isso de lado, o fim de semana foi maravilhoso. Começou na sexta-feira com o show de volei entre Cruzeiro e Vôlei Futuro. Nunca tinha visto algum time perder as contas no número de substituições, porém foi mais um ingrediente para transformar esse duelo em jogaço. No sábado houve a repetição da dose, mais moderadamente, para Sesi e Minas, no masculino e Minas e Pinheiros no feminino. Cada vez mais o vôlei vem se firmando como um grande esporte popular e proporcionando as mesmas emoções que o futebol proporciona. Hoje, é impossível você assistir e não se apaixonar pelo esporte.

Essa mesma frase vale para o tênis. Que jogo fizeram Nadal e Djokovic. Até o início do Tie-break era impossível prever um vencedor. Isso só aconteceu quando Nadal cedeu ao cansaço e se tornou presa fácil para os golpes de Djokovic. Não é a toa que ambos são os melhores tenistas do ranking e que Djokovic está há 26 jogos invicto. Não vi a partida inteira, e até por isso que o tênis não tem a mesma popularidade e espaço na TV brasileira que o vôlei tem. O brasileiro não tem paciência para ficar mais de 3 horas vendo bolinha pra cá bolinha para cá. Com o vôlei era igual. A geração de prata deu em empurrãozinho na popularização com as suas conquistas. O Guga no tênis também, mas chegou uma hora que acabou. O decisivo no vôlei foi a mudança na regra da pontuação, que deixou a partida mais dinâmica e a duração mais curta. Acho que o tênis poderia seguir a mesma linha e fazer mudanças semelhantes.

Indo para o futebol, o destaque fica para o Palmeiras. Um time que era fadado ao insucesso no início do campeonato, agora é o melhor de SP. Meio estranho isso, mas no futebol, é o momento que manda.
Aproveito para mandar saudações ao Guarani FC que completou 100 anos. É triste ver o bugre onde está. Queria mil vezes ver Guarani, Santa Cruz, Paysandu, Remo, Bangu, América do que Prudente, Salgueiro, Icasa, Duque de Caxias, Ituiutaba. Tradição merece ser respeitada.

E encerrando, o destaque dessa semana que começa é o futebol europeu. Liga dos Campeões é algo apaixonante e sem explicação. O melhor evento esportivo do mundo.